Ontem ficaram cumpridos os primeiros 25% da temporada regular da NBA e os Warriors ainda não perderam. Os Spurs estão numa das melhores fases da Era Popovich e ninguém reparou. Cavaliers sentem cada vez mais a falta de Kyrie Irving e Kevin Love regrediu; Pacers assumem-se como candidatos ao Este, tal como os Heat, e podem derrotar os Campeões pela primeira vez esta madrugada. Há 10 equipas separadas por 2 jogos no Este!
Atlanta Hawks - 13-9, Os Hawks estão longe de estar a jogar muito bem, mas só têm menos duas derrotas que Cleveland (assim como outras 8 equipas no Este). A parte mais positiva dos Hawks que tenho visto é que os melhores jogadores, estão em subida de produção. Paul Millsap tem sido o mais consistente, claramente aquele que tem mais probabilidades de manter o estatuto de All-Star e os seus dois jogos mais "monstruosos" foram nos dois triunfos mais complicados da equipa esta época, contra OKC e em Memphis. Outro dado de realce foi a excelente adaptação de Tiago Splitter a jogar ao lado de Al Horford, em 66 minutos juntos em court, marcam mais 17,6 pontos por 100 posses de bola que o adversário.
Boston Celtics - 12-9, São a equipa que força mais perdas de bola ao adversário, por largar margem, 18,8% das posses de bola, um número incrível, que há umas semanas atrás, era superior a 20%. O problema deste valor é que na regular season resulta, mas nos playoffs nem por isso. O ritmo de jogo diminui, as equipas preparam-se para defrontar um determinado adversário e os pontos em contra-ataque são reduzidos. Os Celtics neste momento são grandes candidatos a apurarem-se para os playoffs e a serem eliminados na primeira ronda, é assim que a equipa está montada. Outro problema é que o melhor jogador (em teoria, porque na prática, para mim, sem sombra de dúvidas é Jared Sullinger), Isaiah Thomas, é facilmente explorado/desgastado pelos adversários, defensivamente. David Lee é o único Big com NetRating negativo do plantel, -3.
Brooklyn Nets - 5-15, Houve duas equipas que estiveram relativamente próximas de baterem os Warriors, os Nets e os Clippers. Desde que Brook Lopez falhou a buzzer beater em Oakland porque não saltou, Brooklyn está 5-6. Lopez, que já está com uma média de 20 pontos por jogo, Shane Larkin, Thaddeus Young têm sido so 3 elementos em "destaque". Os outros veteranos, nomeadamente Jarret Jack e Joe Johnson, que parece que joga com uns ímanes agarrados às sapatilhas, só ali andam a atrapalhar de tão ineficientes que são.
Charlotte Hornets - 12-8, Ao fim de 20 jogos, os Hornets estão com um NetRating superior a Toronto, Atlanta e Cleveland, +3,7. Desde que Nic Batum voltou a ser o all-arounder que era em Portland e lhe somou uma maior marcação de pontos, Charlotte misturou-se entre as melhores equipas do Este. São o 4º melhor ataque da prova, 104 pontos por 100 posses de bola e muito disso também se deve à maior eficiência de Kemba Walker no lançamento. Nunca antes tinha lançado acima de 40% numa temporada e este ano está em 44%, incluindo 36,6% de 3pt, enquanto que a média da NBA no tiro exterior está apenas em 34,8%. Kemba Walker acima da média é um bicho que ainda não conhecíamos.
Chicago Bulls - 11-7, Os Bulls são uma das equipas com menos jogos disputados, mas nada é desculpa para terem o 27º ataque da NBA, apenas 97,4 pontos por 100 posses de bola. São capazes de derrotar os Spurs, mas depois perdem consecutivamente com Hornets e Suns em casa. Não é possível ter performances e vitórias consistentes, com um ataque tão mau. Os Bulls lançam poucos triplos, todavia têm Doug McDermott com uma % de 46 nesse campo, e Jimmy Butler com 39%. Por favor lancem mais triplos! Outro problema ofensivo da equipa é o facto de Fred Hoiberg ainda não ter descoberto as melhores combinações de Bigs na rotação. Numa equipa com Gasol, Noah, Gibson, Mirotic e Portis, é fundamental saber combinar tanta matéria-prima de qualidade.
Cleveland Cavaliers - 13-7, Os Cavs lideram o Este com uma vantagem muito pequena para 9 perseguidores e, atendendo aos problemas de lesões que têm, estão com um record expectável. A defesa piorou para 13º, 100,6 pontos por 100 posses de bola, e são apenas a 25ª equipa a forçar turnovers ao adverário, o que signifca que o comboio Lebron James já quase não faz daqueles pontos sem oposição em que atravessa o campo em 3 dribbles. Kevin Love teve um início de Dezembro de fugir, com 9,3 pontos por jogo, 28% de FG e 0% de 3pt! A produção ofensiva e os minutos de Mo Williams também baixaram muito e nesta fase o ataque dos Cavaliers já grita por Kyrie Irving, que já treina com bola.
Dallas Mavericks - 13-9, Os Mavericks continuam a navegar no top4 do Oeste e Wesley Matthews finalmente deu um ar da sua graça com os 10 triplos em 17 tentados, na vitória em Washington. É um Matthews bastante diferente do de Portland, ainda assim. Depois da lesão perdeu a capacidade para levar o seu defensor directo para perto do cesto e derrotá-lo de costas para a tabela. Transformou-se num quase exclusivo 3&D player, ou seja, triplos e excelente defesa, como DeMarre Carroll, por exemplo. Desde que Chandler Parsons passou a ser o 6th man em Dallas, eles têm o melhor 5 inicial da NBA. Composto por D-Will, Raymond Felton, Wes Matthews, Dirk Nowitzki e Zaza Pachulia, em 154 minutos juntos, marcam mais 22,2 pontos por 100 posses de bola que o adversário, notável.
Denver Nuggets - 8-13, Os comandados de Mike Malone, mesmo com 8-13, estão claramente a ter resultados superiores ao que se esperava deles. Ainda por cima estão sem Wilson Chandler e Jusuf Nurkic, e Kenneth Faried tem andado a passear-se pelos courts. Se isto não mostra o valor de um treinador... Emmanuel Mudiay ultrapassou Kobe Bryant na luta pela pior época jamais registada. Incrível como na mesma época temos 3 outliers tão expressivos: Kobe e Mudiay pela negativa e Curry com a época mais eficiente alguma vez vista. O jovem base dos Nuggets está a lançar 31,1% de FG, 25,7% de 3pt e tem quase tantos turnovers (84) como lançamentos concretizados (88). Denver, com ele em court, marca uns hilariantes 78 pontos por 100 posses de bola.
Detroit Pistons - 12-10, Reggie Jackson acabou de ganhar o prémio de Jogador da Semana no Este, porque teve 3 performances fantásticas na semana passada, onde lançou 57%, para 27 pontos e 9 assistências por jogo. Os Pistons estão em 10º, mas com apenas mais uma derrota que as 4 equipas que estão imediatamente à sua frente e têm um número muito importante a seu favor, estão 4-1 contra os outros 9 concorrentes directos por um lugar no playoff e entram agora numa fase com 7 em 10 partidas com adversários desse grupo. As razões principais por que este sistema funciona são: a habilidade de Drummond ir buscar ressaltos ofensivos apesar de eles serem terríveis a lançar, o que só cria mais oportunidades para si, quase não perdem a bola e, apesar de serem maus na linha de lance livre por causa do seu poste, também não vão para lá muitas vezes.
Golden State Warriors - 22-0, Esta noite, à meia-noite, temos um dos jogos mais aguardados da temporada até ao momento, os Warriors estão em Indiana, a deslocação mais complicada desta viagem pelo Este, a grande oportunidade de eles serem derrotados ainda em 2015. Paul George, um dos melhores do mortais, contra o alien Curry. Já fiz referência a este facto no facebook do PD há uns dias mas a eficiência de Steph é algo nunca visto. Steve Nash tem a eFG% mais elevada alguma vez registada, de 65,4% e a de Curry ao fim de 22 jogos está em 70,7%. É um mundo à parte. Outro dado engraçado, Curry tem o segundo registo de pontos por minuto da história, apenas atrás da época 61-62, quando Wilt Chamberlain marcou 50 pontos por jogo, sendo que basicamente nunca ia para o banco e o ritmo das partidas era tão superior ao actual e havia tão pouca organização que nem há comparação possível. Festus Ezeli transformou os Warriors na 4ª melhor equipa a conseguir ressaltos ofensivos, quando eram 21ºs o ano passado, como se já houvessem poucas coisas em que eles não eram elite...
Houston Rockets - 10-11, Os Rockets melhoraram consideravelmente o seu record, porque tiveram um calendário bastante acessível recentemente e vai continuar esta semana, com Nets, Wizards, Lakers, Nuggets e Kings, nos próximos 5 jogos. James Harden melhorou um pouco o seu lançamento, já está a 40% de FG, o que por si só é muito baixo, mas já tem quase 100 turnovers esta temporada. O plantel está praticamente a 100%, portanto as desculpas acabaram. Enquanto Houston não tiver uma vitória contra um adversário directo na luta pelos lugares cimeiros do Oeste não podemos avaliar o real valor deles pós-McHale.
Indiana Pacers - 12-7, O Pacers-Warriors desta noite será o primeiro jogo da época entre o 1º classificado de uma Conferência (Warriors) e o 2º classificado da outra (Pacers). Os Pacers estão com um NetRating de +4,9 porque têm vencido muitos jogos, naturalmente, mas porque têm perdido partidas muito equilibradas e têm alguns triunfos confortáveis. Paul George tem sido dos poucos capazes de performances Curryanas em 2015/2016. Acabou de alcançar o seu máximo de carreira na derrota em Utah, no prolongamento, 48 pontos, com 8 triplos em 11. O incrível da sua época até ao momento é que tem sido tão consistente de 2pt ou de 3pt, está a lançar à mesma percentagem das duas zonas (45,4%).
Los Angeles Clippers - 12-9, Os Clippers estão com um record decente, mas têm tido um calendário fácil. Chris Paul regressou na noite passada, assim como JJ Reddick, e na altura exacta, vão iniciar a sua primeira viagem ao Este, amanhã, onde estão incluídas visitas a Chicago e Detroit. Jamal Crawford marcou 10-15 3pt nos triunfos sobre os Magic e os Wolves, nos últimos dias, e tem sido o pêndulo ofensivo da equipa. Blake Griffin começou o ano com actuações estratoesféricas e agora já regrediu à realidade, está com 24,4/8,6/5 de médias. As suas 5 assistências por jogo ainda são o segundo maior valor atrás dos incríveis 7,1 de Draymond Green, entre os Bigs da NBA.
Los Angeles Lakers - 3-18, Byron Scott colocou Julius Randle e D'Angelo Russell a virem do banco para os seus minutos não estarem tão ligados aos de Kobe Bryant, para que tenham mais oportunidades de serem protagonistas. O que não fez e devia ter feito mas, claramente, não os tem no sítio para se impor nesse sentido, era reduzir os minutos e nº de lançamentos de Kobe. Isto seria apenas o que qualquer treinador numa situação normal faria quando se deparasse com um problema deste género. Em suma, contra a defesa dos Lakers, em dois passes, consegue-se um lançamento fácil ou sem oposição. Têm o pior NetRating da NBA (-10.5) e é uma questão de tempo para que sejam ultrapassados pelos 6ers (que lhes ganharam) na classificação.
Memphis Grizzlies - 12-9, Os Grizzlies estão em 6º no Oeste, o que para mim é uma surpresa muito positiva. Marc Gasol teve uma das grandes exibições da sua carreira, 38-13 em New Orleans, com uns soberbos 16-16 da linha de lance livre. Mesmo assim, os melhores jogadores da equipa, Gasol, ZBO e Conley, não têm sido consistentes o suficiente para que possamos apontar-lhes um lugar seguro no top8 da conferência. Aquela semana inicial de Mario Chalmers, em que marcou 29 pontos contra OKC, também já lá vai e, neste momento, não há ninguém no plantel que seja capaz de suster uma lesão do trio que nomeei em cima. Num pequeno aparte, estamos a 8 de Dezembro e ainda não nenhuma lesão muito grave para nenhum daqueles jogadores considerados de topo, possíveis All-Stars.
Miami Heat - 12-7, Os Heat estão a defender melhor os lançamentos de campo, eFG% de 44,7%, melhor do que os Warriors fizeram na temporada anterior. Estão empatados com Cleveland, Chicago e Indiana como as equipas que têm apenas 7 derrotas no Este. O que mais me tem impressionado em Miami é o tão difícil calendário que têm tido e que não vai parar. Nos próximos 6 dias vão a Charlotte, Indiana, recebem Memphis e vão a Atlanta. Se mantiverem a posição que ocupam dentro de uma semana têm que ser levados a sério para chegarem à Final. Para além da defesa, que já sabemos que está ao nível da elite, Chris Bosh e Hassan Whiteside estão em 2º e 3º, na lista de jogadores mais eficientes como finalizadores em situações de pick 'n roll, no papel de roll man, ou seja, aquele que faz o bloqueio. Têm o 3º NetRating da NBA, atrás de Warriors e Spurs, +6,7.
Milwaukee Bucks - 9-13, A defesa dos Bucks melhorou ligeiramente nas últimas semanas, mas o número que quase desapareceu foi a capacidade deles em forçarem turnovers, muito por culpa da menor produção de Carter-Williams, Middleton e mesmo Giannis Antetokounmpo não tem sido tão activo defensivamente. Outro dado que o grego piorou bastante e que, pela posição que ocupa e pelo tamanho que tem, não pode continuar, é a sua percentagem de ressaltos conseguida, 11%. A média é, naturalmente, 10% porque há 10 jogadores em campo e ele devia estar pelo menos uns 4 ou 5% acima da média. Esta semana não vai ser muito positiva em termos de calendário, com Clippers, Toronto e Warriors.
Minnesota Timberwolves - 8-12, Se os Wolves conseguissem um par de bons atiradores numa troca, algures durante a época, ou se Kevin Martin conseguisse ser minimamente produtivo nesse campo, podiam perfeitamente ser uma equipa de playoff já este ano. São a equipa, a par dos Spurs que lança mais de mid-range, a zona do court menos eficiente, mas não têm nenhum sniper para aproveitar a enorme capacidade de jogadores como Wiggins ou Towns de finalizar perto do cesto. Só atiram 2,6 triplos dos cantos por jogo. A falta de range no lançamento, obriga-os por arrasto a lançarem de zonas menos eficientes. Zach Lavine está na sequência de 6 jogos mais produtiva da temporada, com 16,5 pontos por jogo, ele que é simplesmente o dobro do jogador com Ricky Rubio ao lado, do que quando está sozinho em court.
New Orleans Pelicans - 5-16, Os Pelicans estão uma desgraça e a culpa certamente não é de Anthony Davis. O número de ressaltos diminuiu mas continua a ser o que tem mais minutos e lidera a equipa em NetRating, com -3,7, o que por si só já diz muito. Quando o melhor jogador da equipa tem tem um impacto negativo no jogo de 3,7 pontos por 100 posses de bola, não há grandes soluções à vista. Atendendo a que os Pelicans têm a sua pick do draft, o ideal seria tankarem a sério, terminarem nos últimos 3-5 lugares da NBA e tentarem sacar um potencial starter para jogar ao lado de AD no futuro. E cada vez que oiço na TV portuguesa perguntarem-se por que é que Ryan Anderson não é titular, alguém acha que se ele fosse minimamente aceitável a defender, que com a qualidade de tiro exterior que tem, não seria titular de caras? Aí têm a vossa resposta.
New York Knicks - 10-12, Depois de um início agradável, a defesa dos Knicks começou a ceder. Apesar de ser a 16ª actualmente da NBA, é um lugar que não vão conseguir manter porque são das 5 piores da liga em 4 aspectos muito importantes: a provocar turnovers, a ganhar ressaltos defensivos e na frequência com que os adversários vão para a linha de lance livre, o que significa que fazem muitas faltas em acto de lançamento e são a 2ª equipa que mais lançamentos na área restrita pintada permite aos adversários. Kristaps Porzingis tomou conta de Nova Iorque, aparentemente e colocou em causa o caminho solitário de Karl Towns para a conquista de Rookie do Ano. É claramente uma luta a dois, com Porzingis a ter subido as suas médias para 14,6 pontos por jogo e 9 ressaltos, que é o que realmente interessa na determinação do vencedor.
Oklahoma City Thunder - 12-8, Os Thunder estão a liderar o pelotão de equipas do Oeste que não as aberrações Spurs e Warriors e parecem confortáveis, porque têm um par de jogadores únicos e sensacionais. Se alguém esperava que Billy Donovan viesse resolver os problemas do ataque na fase final dos jogos, em que com Scott Brooks estavam todos parados à espera que Westbrook ou Durant resolvessem, isso é um mito. Está igualzinho aos anos anteriores, nada mudou. Os Thunder são uma equipa onde quem manda são estes dois jogadores e o treinador não tem influência na parte decisiva dos jogos. Uma parte da razão está no facto de este ser um dos mercados mais recentes e pequenos da NBA, o franchise há anos que tem medo que Durant e Westbrook saiam dali para fora nos 2 próximos verões, quando os seus contractos terminarem e tomaram conta do reino, digamos assim.
Orlando Magic - 11-9, Os Magic são cada vez mais um perigo para se tornarem na equipa surpresa nos playoffs no Este, porque Scott Skiles está a fazer um excelente trabalho. Elfrid Payton e Victor Oladipo não funcionavam muito bem juntos, e Skiles mandou Oladipo para o banco, filtrou-lhes os minutos e os Magic ficaram a 1 lançamento de Jamal Crawford de estar numa sequência de 6 vitórias consecutivas. Para além disso, encontrou mais 3 opões de profundidade no plantel, em Andrew Nicholson, Jason Smith e Shabazz Napier. A par dos Celtics e dos Cavs (quando estiverem sem lesões), devem ter dos plantéis mais profundos do Este e isso pode fazer a diferença em 82 jogos.
Philadelphia 76ers - 1-21, Os Sixers já têm uma vitória e tiveram uma série de jogos em que lideraram no último período. Curiosamente, é com os 2 Bigs, Nerlens Noel e Jahill Okafor em simultâneo que eles são piores. Os 76ers sofrem mais 26,3 pontos por 100 posses de bola que os seus adversários com Noel e Okafor, enquanto que têm um NetRating de apenas -6,5 com apenas um deles em court. Isto tem uma explicação tremendamente simples, eles são ambos postes, nenhum deles é power forward e a actual NBA não funciona com 2 postes em campo que não tenham capacidade de lançamento exterior. Quando Joel Embiid regressar, se é que isso alguma vez vai acontecer, vão ter 3 picks de top3 para a mesma posição.
Phoenix Suns - 9-13, Os Suns estão a observar a luta pelos últimos lugares da post season no Oeste de fora. Depois de uma série de 1-6, venceram os Bulls, em Chicago, na madrugada passada. Curiosidades cuja probabilidade de se manterem ao longo do tempo são as mesmas dos 76ers irem aos playoffs: Jon Leuer é o lider da NBA em eficiência como finalizador em situações de pick 'n roll, no papel de roll man, ou seja, aquele que faz o bloqueio. Como já o tinham feito há 2 anos, voltaram a draftar o jogador mais jovem da liga e este miúdo é um diamantezinho. Devin Booker, fixem o nome, tem começado a aparecer aos poucos na equipa, têm números absolutos pequenos mas está a lançar 53,2% de FG e 71,4% de 3pt (apenas 21 tentados).
Portland Trail Blazers - 9-13, Os Blazers e o seu treinador Terry Stotts têm uma lição para dar aos franchises como OKC, Bulls e outras equipas que têm por hábito deixar line ups sem play makers em court só por má gestão dos minutos das estrelas. Em 22 jogos, os Blazers ainda só estiveram 13 minutos sem Damian Lillard ou CJ McCollum em court. Eles não têm mais ninguém capaz de conduzir os ataques de forma consistente e conseguem gerir os minutos deles de modo a que estejam sempre em campo e já têm 9 vitórias, com muito pouco talento em torno dos dois bases. Quantos minutos passam todos os jogos os Thunder sem Westbrook e Durant? E os Bulls sem Rose, Butler e Mirotic?
Sacramento Kings - 7-15, Os Kings tinham ganho em Oklahoma no domingo se DeMarcus Cousins não tivesse falhado 2 lances livres consecutivos. Infelizmente, o melhor parceiro de Cousins no interior dos Kings, Willie Cauley-Stein deslocou um dedo da mão e vai estar de fora pelo menos um mês. Com ambos em court, Sacramento sofre 94 pontos por 100 posses de bola e quando só lá está um deles, é de 107 pontos por 100 posses de bola. Nos últimos dias George Karl experimentou Rudi Gay a power forward com Cousins a C e só sofreram 100 por 100, um bom remendo. Mais uma curiosidade que não tem qualquer possibilidade de ser consistente ao longo do ano, Darren Collison é o 2º melhor ball handler em situações de pick 'n roll atrás de Steph Curry.
San Antonio Spurs - 18-4, Os Spurs estão com um NetRating de +10,2, muito próximo daquele que os Warriors tiveram em 2014/2015 e está a ser um dos melhores períodos da Era Popovich, de que poucos falam porque os Warriors estão a atravessar o melhor período de todas as Eras. Aquela preocupação inicial da produção de Tony Parker parece estar em standby, já que o base francês está com um NetRating individual de +10,1, quase o mesmo da equipa. Aquilo que os Spurs deviam focar nos próximos tempos é em tentar melhorar a produção ofensiva de LaMarcus Aldridge e tentar descobrir quem é que, entre Aldridge e Duncan deveria estar em campo quando defrontarem aquele line up de small ball dos Warriors com Draymond Green a ser o único Big.
Toronto Raptors - 13-9, Os Toronto Lowrys, perdão Raptors, é que esta equipa tem sido praticamente só ele a carregar o lastro. A última vez que Lowry não marcou 20 pontos, ou lançou abaixo de 45% de FG/40% de 3pt ou não fez um duplo-duplo com pontos e assistências foi numa derrota em Miami por 96-76, no dia 8 de Novembro, ou seja, há um mês atrás. DeMar DeRozan tem estado a um bom nível mas nas derrotas tem sido muito mais individualista e lançador. Olhando para as últimas 6 derrotas, lançou uma média de 20,7 vezes por jogo enquanto que nas últimas 6 vitórias só lançou 15,7 vezes. A sua percentagem de lançamento (42,5%) não tem oscilado muito, é mesmo o volume.
Utah Jazz - 9-9. Rudy Gobert lesionou-se, vai estar de fora durante algumas semanas. Bem-vindos ao Mundo de Derrick Favors, que a partir daqui terá que fazer tudo no jogo interior de Utah, como fez na vitória sobre os Pacers (35 pts/13 reb), para que eles tenham alguma hipótese de se manterem competitivos. Esta lesão de Gobert veio mostrar a única debilidade que os Jazz tinham, a quase inexistente profundidade no jogo interior. Têm dois starters fabulosos, mas depois tinham Trevor Booker para os render, que agora deverá ser sempre titular e mais ninguém. Vai ser a qualidade e quantidade impressionante que eles têm ao nível de extremos que os pode salvar nesta fase. Ainda assim, basta-lhes ficar com um record semelhante a este (50% de vitórias) para que se mantenham em lugar de playoff. O Oeste não vai ser tão brutal como em anos anteriores, porque há 2 outliers no topo que vão sugar muitas vitórias às outras 6 equipas do top8.
Washington Wizards - 9-10, Os Wizards conseguiram o feito de vencer os Cavaliers em Cleveland e de perder em casa com os Lakers, 24 horas depois. Não é fácil alguém fazer melhor! Nenê Hilário está lesionado e Marcin Gortat foi à Polónia resolver problemas familiares. Kris Humphries marcou 9 pontos em Dezembro e o melhor poste da equipa neste momento é capaz de ser Jared Dudley. Ou Otto Porter, mas este é necessário para defender o melhor jogador adversário normalmente. John Wall e Bradley Beal só estão a lançar 44% de FG esta temporada, que pode parecer bom, mas os seus números precisam de ser tão superiores nesta fase para os Wizards reentrarem na luta pelos playoffs que é uma percentagem que pode não chegar.
Fonte: NBA.com
Boston Celtics - 12-9, São a equipa que força mais perdas de bola ao adversário, por largar margem, 18,8% das posses de bola, um número incrível, que há umas semanas atrás, era superior a 20%. O problema deste valor é que na regular season resulta, mas nos playoffs nem por isso. O ritmo de jogo diminui, as equipas preparam-se para defrontar um determinado adversário e os pontos em contra-ataque são reduzidos. Os Celtics neste momento são grandes candidatos a apurarem-se para os playoffs e a serem eliminados na primeira ronda, é assim que a equipa está montada. Outro problema é que o melhor jogador (em teoria, porque na prática, para mim, sem sombra de dúvidas é Jared Sullinger), Isaiah Thomas, é facilmente explorado/desgastado pelos adversários, defensivamente. David Lee é o único Big com NetRating negativo do plantel, -3.
Brooklyn Nets - 5-15, Houve duas equipas que estiveram relativamente próximas de baterem os Warriors, os Nets e os Clippers. Desde que Brook Lopez falhou a buzzer beater em Oakland porque não saltou, Brooklyn está 5-6. Lopez, que já está com uma média de 20 pontos por jogo, Shane Larkin, Thaddeus Young têm sido so 3 elementos em "destaque". Os outros veteranos, nomeadamente Jarret Jack e Joe Johnson, que parece que joga com uns ímanes agarrados às sapatilhas, só ali andam a atrapalhar de tão ineficientes que são.
Charlotte Hornets - 12-8, Ao fim de 20 jogos, os Hornets estão com um NetRating superior a Toronto, Atlanta e Cleveland, +3,7. Desde que Nic Batum voltou a ser o all-arounder que era em Portland e lhe somou uma maior marcação de pontos, Charlotte misturou-se entre as melhores equipas do Este. São o 4º melhor ataque da prova, 104 pontos por 100 posses de bola e muito disso também se deve à maior eficiência de Kemba Walker no lançamento. Nunca antes tinha lançado acima de 40% numa temporada e este ano está em 44%, incluindo 36,6% de 3pt, enquanto que a média da NBA no tiro exterior está apenas em 34,8%. Kemba Walker acima da média é um bicho que ainda não conhecíamos.
Chicago Bulls - 11-7, Os Bulls são uma das equipas com menos jogos disputados, mas nada é desculpa para terem o 27º ataque da NBA, apenas 97,4 pontos por 100 posses de bola. São capazes de derrotar os Spurs, mas depois perdem consecutivamente com Hornets e Suns em casa. Não é possível ter performances e vitórias consistentes, com um ataque tão mau. Os Bulls lançam poucos triplos, todavia têm Doug McDermott com uma % de 46 nesse campo, e Jimmy Butler com 39%. Por favor lancem mais triplos! Outro problema ofensivo da equipa é o facto de Fred Hoiberg ainda não ter descoberto as melhores combinações de Bigs na rotação. Numa equipa com Gasol, Noah, Gibson, Mirotic e Portis, é fundamental saber combinar tanta matéria-prima de qualidade.
Cleveland Cavaliers - 13-7, Os Cavs lideram o Este com uma vantagem muito pequena para 9 perseguidores e, atendendo aos problemas de lesões que têm, estão com um record expectável. A defesa piorou para 13º, 100,6 pontos por 100 posses de bola, e são apenas a 25ª equipa a forçar turnovers ao adverário, o que signifca que o comboio Lebron James já quase não faz daqueles pontos sem oposição em que atravessa o campo em 3 dribbles. Kevin Love teve um início de Dezembro de fugir, com 9,3 pontos por jogo, 28% de FG e 0% de 3pt! A produção ofensiva e os minutos de Mo Williams também baixaram muito e nesta fase o ataque dos Cavaliers já grita por Kyrie Irving, que já treina com bola.
Dallas Mavericks - 13-9, Os Mavericks continuam a navegar no top4 do Oeste e Wesley Matthews finalmente deu um ar da sua graça com os 10 triplos em 17 tentados, na vitória em Washington. É um Matthews bastante diferente do de Portland, ainda assim. Depois da lesão perdeu a capacidade para levar o seu defensor directo para perto do cesto e derrotá-lo de costas para a tabela. Transformou-se num quase exclusivo 3&D player, ou seja, triplos e excelente defesa, como DeMarre Carroll, por exemplo. Desde que Chandler Parsons passou a ser o 6th man em Dallas, eles têm o melhor 5 inicial da NBA. Composto por D-Will, Raymond Felton, Wes Matthews, Dirk Nowitzki e Zaza Pachulia, em 154 minutos juntos, marcam mais 22,2 pontos por 100 posses de bola que o adversário, notável.
Denver Nuggets - 8-13, Os comandados de Mike Malone, mesmo com 8-13, estão claramente a ter resultados superiores ao que se esperava deles. Ainda por cima estão sem Wilson Chandler e Jusuf Nurkic, e Kenneth Faried tem andado a passear-se pelos courts. Se isto não mostra o valor de um treinador... Emmanuel Mudiay ultrapassou Kobe Bryant na luta pela pior época jamais registada. Incrível como na mesma época temos 3 outliers tão expressivos: Kobe e Mudiay pela negativa e Curry com a época mais eficiente alguma vez vista. O jovem base dos Nuggets está a lançar 31,1% de FG, 25,7% de 3pt e tem quase tantos turnovers (84) como lançamentos concretizados (88). Denver, com ele em court, marca uns hilariantes 78 pontos por 100 posses de bola.
Detroit Pistons - 12-10, Reggie Jackson acabou de ganhar o prémio de Jogador da Semana no Este, porque teve 3 performances fantásticas na semana passada, onde lançou 57%, para 27 pontos e 9 assistências por jogo. Os Pistons estão em 10º, mas com apenas mais uma derrota que as 4 equipas que estão imediatamente à sua frente e têm um número muito importante a seu favor, estão 4-1 contra os outros 9 concorrentes directos por um lugar no playoff e entram agora numa fase com 7 em 10 partidas com adversários desse grupo. As razões principais por que este sistema funciona são: a habilidade de Drummond ir buscar ressaltos ofensivos apesar de eles serem terríveis a lançar, o que só cria mais oportunidades para si, quase não perdem a bola e, apesar de serem maus na linha de lance livre por causa do seu poste, também não vão para lá muitas vezes.
Golden State Warriors - 22-0, Esta noite, à meia-noite, temos um dos jogos mais aguardados da temporada até ao momento, os Warriors estão em Indiana, a deslocação mais complicada desta viagem pelo Este, a grande oportunidade de eles serem derrotados ainda em 2015. Paul George, um dos melhores do mortais, contra o alien Curry. Já fiz referência a este facto no facebook do PD há uns dias mas a eficiência de Steph é algo nunca visto. Steve Nash tem a eFG% mais elevada alguma vez registada, de 65,4% e a de Curry ao fim de 22 jogos está em 70,7%. É um mundo à parte. Outro dado engraçado, Curry tem o segundo registo de pontos por minuto da história, apenas atrás da época 61-62, quando Wilt Chamberlain marcou 50 pontos por jogo, sendo que basicamente nunca ia para o banco e o ritmo das partidas era tão superior ao actual e havia tão pouca organização que nem há comparação possível. Festus Ezeli transformou os Warriors na 4ª melhor equipa a conseguir ressaltos ofensivos, quando eram 21ºs o ano passado, como se já houvessem poucas coisas em que eles não eram elite...
Houston Rockets - 10-11, Os Rockets melhoraram consideravelmente o seu record, porque tiveram um calendário bastante acessível recentemente e vai continuar esta semana, com Nets, Wizards, Lakers, Nuggets e Kings, nos próximos 5 jogos. James Harden melhorou um pouco o seu lançamento, já está a 40% de FG, o que por si só é muito baixo, mas já tem quase 100 turnovers esta temporada. O plantel está praticamente a 100%, portanto as desculpas acabaram. Enquanto Houston não tiver uma vitória contra um adversário directo na luta pelos lugares cimeiros do Oeste não podemos avaliar o real valor deles pós-McHale.
Indiana Pacers - 12-7, O Pacers-Warriors desta noite será o primeiro jogo da época entre o 1º classificado de uma Conferência (Warriors) e o 2º classificado da outra (Pacers). Os Pacers estão com um NetRating de +4,9 porque têm vencido muitos jogos, naturalmente, mas porque têm perdido partidas muito equilibradas e têm alguns triunfos confortáveis. Paul George tem sido dos poucos capazes de performances Curryanas em 2015/2016. Acabou de alcançar o seu máximo de carreira na derrota em Utah, no prolongamento, 48 pontos, com 8 triplos em 11. O incrível da sua época até ao momento é que tem sido tão consistente de 2pt ou de 3pt, está a lançar à mesma percentagem das duas zonas (45,4%).
Los Angeles Clippers - 12-9, Os Clippers estão com um record decente, mas têm tido um calendário fácil. Chris Paul regressou na noite passada, assim como JJ Reddick, e na altura exacta, vão iniciar a sua primeira viagem ao Este, amanhã, onde estão incluídas visitas a Chicago e Detroit. Jamal Crawford marcou 10-15 3pt nos triunfos sobre os Magic e os Wolves, nos últimos dias, e tem sido o pêndulo ofensivo da equipa. Blake Griffin começou o ano com actuações estratoesféricas e agora já regrediu à realidade, está com 24,4/8,6/5 de médias. As suas 5 assistências por jogo ainda são o segundo maior valor atrás dos incríveis 7,1 de Draymond Green, entre os Bigs da NBA.
Los Angeles Lakers - 3-18, Byron Scott colocou Julius Randle e D'Angelo Russell a virem do banco para os seus minutos não estarem tão ligados aos de Kobe Bryant, para que tenham mais oportunidades de serem protagonistas. O que não fez e devia ter feito mas, claramente, não os tem no sítio para se impor nesse sentido, era reduzir os minutos e nº de lançamentos de Kobe. Isto seria apenas o que qualquer treinador numa situação normal faria quando se deparasse com um problema deste género. Em suma, contra a defesa dos Lakers, em dois passes, consegue-se um lançamento fácil ou sem oposição. Têm o pior NetRating da NBA (-10.5) e é uma questão de tempo para que sejam ultrapassados pelos 6ers (que lhes ganharam) na classificação.
Memphis Grizzlies - 12-9, Os Grizzlies estão em 6º no Oeste, o que para mim é uma surpresa muito positiva. Marc Gasol teve uma das grandes exibições da sua carreira, 38-13 em New Orleans, com uns soberbos 16-16 da linha de lance livre. Mesmo assim, os melhores jogadores da equipa, Gasol, ZBO e Conley, não têm sido consistentes o suficiente para que possamos apontar-lhes um lugar seguro no top8 da conferência. Aquela semana inicial de Mario Chalmers, em que marcou 29 pontos contra OKC, também já lá vai e, neste momento, não há ninguém no plantel que seja capaz de suster uma lesão do trio que nomeei em cima. Num pequeno aparte, estamos a 8 de Dezembro e ainda não nenhuma lesão muito grave para nenhum daqueles jogadores considerados de topo, possíveis All-Stars.
Miami Heat - 12-7, Os Heat estão a defender melhor os lançamentos de campo, eFG% de 44,7%, melhor do que os Warriors fizeram na temporada anterior. Estão empatados com Cleveland, Chicago e Indiana como as equipas que têm apenas 7 derrotas no Este. O que mais me tem impressionado em Miami é o tão difícil calendário que têm tido e que não vai parar. Nos próximos 6 dias vão a Charlotte, Indiana, recebem Memphis e vão a Atlanta. Se mantiverem a posição que ocupam dentro de uma semana têm que ser levados a sério para chegarem à Final. Para além da defesa, que já sabemos que está ao nível da elite, Chris Bosh e Hassan Whiteside estão em 2º e 3º, na lista de jogadores mais eficientes como finalizadores em situações de pick 'n roll, no papel de roll man, ou seja, aquele que faz o bloqueio. Têm o 3º NetRating da NBA, atrás de Warriors e Spurs, +6,7.
Milwaukee Bucks - 9-13, A defesa dos Bucks melhorou ligeiramente nas últimas semanas, mas o número que quase desapareceu foi a capacidade deles em forçarem turnovers, muito por culpa da menor produção de Carter-Williams, Middleton e mesmo Giannis Antetokounmpo não tem sido tão activo defensivamente. Outro dado que o grego piorou bastante e que, pela posição que ocupa e pelo tamanho que tem, não pode continuar, é a sua percentagem de ressaltos conseguida, 11%. A média é, naturalmente, 10% porque há 10 jogadores em campo e ele devia estar pelo menos uns 4 ou 5% acima da média. Esta semana não vai ser muito positiva em termos de calendário, com Clippers, Toronto e Warriors.
Minnesota Timberwolves - 8-12, Se os Wolves conseguissem um par de bons atiradores numa troca, algures durante a época, ou se Kevin Martin conseguisse ser minimamente produtivo nesse campo, podiam perfeitamente ser uma equipa de playoff já este ano. São a equipa, a par dos Spurs que lança mais de mid-range, a zona do court menos eficiente, mas não têm nenhum sniper para aproveitar a enorme capacidade de jogadores como Wiggins ou Towns de finalizar perto do cesto. Só atiram 2,6 triplos dos cantos por jogo. A falta de range no lançamento, obriga-os por arrasto a lançarem de zonas menos eficientes. Zach Lavine está na sequência de 6 jogos mais produtiva da temporada, com 16,5 pontos por jogo, ele que é simplesmente o dobro do jogador com Ricky Rubio ao lado, do que quando está sozinho em court.
New Orleans Pelicans - 5-16, Os Pelicans estão uma desgraça e a culpa certamente não é de Anthony Davis. O número de ressaltos diminuiu mas continua a ser o que tem mais minutos e lidera a equipa em NetRating, com -3,7, o que por si só já diz muito. Quando o melhor jogador da equipa tem tem um impacto negativo no jogo de 3,7 pontos por 100 posses de bola, não há grandes soluções à vista. Atendendo a que os Pelicans têm a sua pick do draft, o ideal seria tankarem a sério, terminarem nos últimos 3-5 lugares da NBA e tentarem sacar um potencial starter para jogar ao lado de AD no futuro. E cada vez que oiço na TV portuguesa perguntarem-se por que é que Ryan Anderson não é titular, alguém acha que se ele fosse minimamente aceitável a defender, que com a qualidade de tiro exterior que tem, não seria titular de caras? Aí têm a vossa resposta.
New York Knicks - 10-12, Depois de um início agradável, a defesa dos Knicks começou a ceder. Apesar de ser a 16ª actualmente da NBA, é um lugar que não vão conseguir manter porque são das 5 piores da liga em 4 aspectos muito importantes: a provocar turnovers, a ganhar ressaltos defensivos e na frequência com que os adversários vão para a linha de lance livre, o que significa que fazem muitas faltas em acto de lançamento e são a 2ª equipa que mais lançamentos na área restrita pintada permite aos adversários. Kristaps Porzingis tomou conta de Nova Iorque, aparentemente e colocou em causa o caminho solitário de Karl Towns para a conquista de Rookie do Ano. É claramente uma luta a dois, com Porzingis a ter subido as suas médias para 14,6 pontos por jogo e 9 ressaltos, que é o que realmente interessa na determinação do vencedor.
Oklahoma City Thunder - 12-8, Os Thunder estão a liderar o pelotão de equipas do Oeste que não as aberrações Spurs e Warriors e parecem confortáveis, porque têm um par de jogadores únicos e sensacionais. Se alguém esperava que Billy Donovan viesse resolver os problemas do ataque na fase final dos jogos, em que com Scott Brooks estavam todos parados à espera que Westbrook ou Durant resolvessem, isso é um mito. Está igualzinho aos anos anteriores, nada mudou. Os Thunder são uma equipa onde quem manda são estes dois jogadores e o treinador não tem influência na parte decisiva dos jogos. Uma parte da razão está no facto de este ser um dos mercados mais recentes e pequenos da NBA, o franchise há anos que tem medo que Durant e Westbrook saiam dali para fora nos 2 próximos verões, quando os seus contractos terminarem e tomaram conta do reino, digamos assim.
Orlando Magic - 11-9, Os Magic são cada vez mais um perigo para se tornarem na equipa surpresa nos playoffs no Este, porque Scott Skiles está a fazer um excelente trabalho. Elfrid Payton e Victor Oladipo não funcionavam muito bem juntos, e Skiles mandou Oladipo para o banco, filtrou-lhes os minutos e os Magic ficaram a 1 lançamento de Jamal Crawford de estar numa sequência de 6 vitórias consecutivas. Para além disso, encontrou mais 3 opões de profundidade no plantel, em Andrew Nicholson, Jason Smith e Shabazz Napier. A par dos Celtics e dos Cavs (quando estiverem sem lesões), devem ter dos plantéis mais profundos do Este e isso pode fazer a diferença em 82 jogos.
Philadelphia 76ers - 1-21, Os Sixers já têm uma vitória e tiveram uma série de jogos em que lideraram no último período. Curiosamente, é com os 2 Bigs, Nerlens Noel e Jahill Okafor em simultâneo que eles são piores. Os 76ers sofrem mais 26,3 pontos por 100 posses de bola que os seus adversários com Noel e Okafor, enquanto que têm um NetRating de apenas -6,5 com apenas um deles em court. Isto tem uma explicação tremendamente simples, eles são ambos postes, nenhum deles é power forward e a actual NBA não funciona com 2 postes em campo que não tenham capacidade de lançamento exterior. Quando Joel Embiid regressar, se é que isso alguma vez vai acontecer, vão ter 3 picks de top3 para a mesma posição.
Phoenix Suns - 9-13, Os Suns estão a observar a luta pelos últimos lugares da post season no Oeste de fora. Depois de uma série de 1-6, venceram os Bulls, em Chicago, na madrugada passada. Curiosidades cuja probabilidade de se manterem ao longo do tempo são as mesmas dos 76ers irem aos playoffs: Jon Leuer é o lider da NBA em eficiência como finalizador em situações de pick 'n roll, no papel de roll man, ou seja, aquele que faz o bloqueio. Como já o tinham feito há 2 anos, voltaram a draftar o jogador mais jovem da liga e este miúdo é um diamantezinho. Devin Booker, fixem o nome, tem começado a aparecer aos poucos na equipa, têm números absolutos pequenos mas está a lançar 53,2% de FG e 71,4% de 3pt (apenas 21 tentados).
Portland Trail Blazers - 9-13, Os Blazers e o seu treinador Terry Stotts têm uma lição para dar aos franchises como OKC, Bulls e outras equipas que têm por hábito deixar line ups sem play makers em court só por má gestão dos minutos das estrelas. Em 22 jogos, os Blazers ainda só estiveram 13 minutos sem Damian Lillard ou CJ McCollum em court. Eles não têm mais ninguém capaz de conduzir os ataques de forma consistente e conseguem gerir os minutos deles de modo a que estejam sempre em campo e já têm 9 vitórias, com muito pouco talento em torno dos dois bases. Quantos minutos passam todos os jogos os Thunder sem Westbrook e Durant? E os Bulls sem Rose, Butler e Mirotic?
Sacramento Kings - 7-15, Os Kings tinham ganho em Oklahoma no domingo se DeMarcus Cousins não tivesse falhado 2 lances livres consecutivos. Infelizmente, o melhor parceiro de Cousins no interior dos Kings, Willie Cauley-Stein deslocou um dedo da mão e vai estar de fora pelo menos um mês. Com ambos em court, Sacramento sofre 94 pontos por 100 posses de bola e quando só lá está um deles, é de 107 pontos por 100 posses de bola. Nos últimos dias George Karl experimentou Rudi Gay a power forward com Cousins a C e só sofreram 100 por 100, um bom remendo. Mais uma curiosidade que não tem qualquer possibilidade de ser consistente ao longo do ano, Darren Collison é o 2º melhor ball handler em situações de pick 'n roll atrás de Steph Curry.
San Antonio Spurs - 18-4, Os Spurs estão com um NetRating de +10,2, muito próximo daquele que os Warriors tiveram em 2014/2015 e está a ser um dos melhores períodos da Era Popovich, de que poucos falam porque os Warriors estão a atravessar o melhor período de todas as Eras. Aquela preocupação inicial da produção de Tony Parker parece estar em standby, já que o base francês está com um NetRating individual de +10,1, quase o mesmo da equipa. Aquilo que os Spurs deviam focar nos próximos tempos é em tentar melhorar a produção ofensiva de LaMarcus Aldridge e tentar descobrir quem é que, entre Aldridge e Duncan deveria estar em campo quando defrontarem aquele line up de small ball dos Warriors com Draymond Green a ser o único Big.
Toronto Raptors - 13-9, Os Toronto Lowrys, perdão Raptors, é que esta equipa tem sido praticamente só ele a carregar o lastro. A última vez que Lowry não marcou 20 pontos, ou lançou abaixo de 45% de FG/40% de 3pt ou não fez um duplo-duplo com pontos e assistências foi numa derrota em Miami por 96-76, no dia 8 de Novembro, ou seja, há um mês atrás. DeMar DeRozan tem estado a um bom nível mas nas derrotas tem sido muito mais individualista e lançador. Olhando para as últimas 6 derrotas, lançou uma média de 20,7 vezes por jogo enquanto que nas últimas 6 vitórias só lançou 15,7 vezes. A sua percentagem de lançamento (42,5%) não tem oscilado muito, é mesmo o volume.
Utah Jazz - 9-9. Rudy Gobert lesionou-se, vai estar de fora durante algumas semanas. Bem-vindos ao Mundo de Derrick Favors, que a partir daqui terá que fazer tudo no jogo interior de Utah, como fez na vitória sobre os Pacers (35 pts/13 reb), para que eles tenham alguma hipótese de se manterem competitivos. Esta lesão de Gobert veio mostrar a única debilidade que os Jazz tinham, a quase inexistente profundidade no jogo interior. Têm dois starters fabulosos, mas depois tinham Trevor Booker para os render, que agora deverá ser sempre titular e mais ninguém. Vai ser a qualidade e quantidade impressionante que eles têm ao nível de extremos que os pode salvar nesta fase. Ainda assim, basta-lhes ficar com um record semelhante a este (50% de vitórias) para que se mantenham em lugar de playoff. O Oeste não vai ser tão brutal como em anos anteriores, porque há 2 outliers no topo que vão sugar muitas vitórias às outras 6 equipas do top8.
Washington Wizards - 9-10, Os Wizards conseguiram o feito de vencer os Cavaliers em Cleveland e de perder em casa com os Lakers, 24 horas depois. Não é fácil alguém fazer melhor! Nenê Hilário está lesionado e Marcin Gortat foi à Polónia resolver problemas familiares. Kris Humphries marcou 9 pontos em Dezembro e o melhor poste da equipa neste momento é capaz de ser Jared Dudley. Ou Otto Porter, mas este é necessário para defender o melhor jogador adversário normalmente. John Wall e Bradley Beal só estão a lançar 44% de FG esta temporada, que pode parecer bom, mas os seus números precisam de ser tão superiores nesta fase para os Wizards reentrarem na luta pelos playoffs que é uma percentagem que pode não chegar.
Fonte: NBA.com