Espetacular segunda parte do
veterano extremo argentino, com um golo e uma assistência na vitória do Tigres sobre
o Toluca; Conjunto de Ricardo Ferretti merecia a presença na final; América,
mesmo com duas expulsões, sonhou com o apuramento para a final até o último
segundo; Conjunto de Ignacio Ambriz massacrou o Pumas durante a primeira parte,
quando mereceu ter conseguido os quatro golos que necessitava; Felinos da capital sobreviveram com um
nível pouco animador.

Pumas UNAM 1-3 Club América
(Javier Cortés 84’ | Carlos Darwin Quintero 9’ e 26’ e Andrés Andrade 87’) (4-3 no agregado)
Toluca 0-2 Tigres UANL (Javier
Aquino 68’ e Damián Álvarez 82’) (0-2 no agregado)
No
domingo, o Club América visitou a Ciudad Universitaria precisando de um
autentico milagre para conseguir a reviravolta na eliminatória contra o Pumas
UNAM. Entretanto, os Felinos iniciaram o jogo com pouquíssima
tensão competitiva, o que propiciou que as Águilas
conseguissem realizar metade da missão (dois golos) que precisavam cumprir em
90 minutos na meia hora inicial. Em um típico dia em que o América ingressou
ao terreno de jogo disposto a demonstrar a sua grandeza (a la épica), o XI inicial de Ignacio Ambriz, com vários jogadores
de perfil ofensivo, conseguiu realmente superar o Pumas durante a primeira
parte, especialmente a partir da junção
entre Carlos Darwin Quintero (desta vez como médio ofensivo) e Darío Benedetto,
que estiveram impressionantes e criaram as duas anotações Americanistas antes do intervalo: em ambos os casos, com
assistência do ponta-de-lança argentino para o remate do avançado colombiano. O
Pumas, que concedeu muitos espaços entre linhas e viu sua dupla de centrais
(Gerardo Alcoba e Darío Verón) ser completamente superada ao tentar cobrir esta
debilidade, tentou reagir quando ficou em desvantagem no marcador, com Memo
Vázquez substituindo o médio defensivo David Cabrera por Matías Britos,
buscando voltar ao habitual 4-2-3-1 de todo o torneio. Entretanto, as
transições ofensivas dos Universitarios
sempre foram com os extremos Ismael Víctor Sosa e Fidel Martínez correndo sozinhos
contra o mundo ou alguns momentos de
ataque posicional que serviram unicamente para que a recuperação do América em
campo próprio se tornasse uma transição que criava perigo a Alejandro “Pikolín”
Palacios. A diferença entre as equipas foi tão abismal durante os 45
minutos iniciais que não seria estranho que o América tivesse chegado ao
intervalo vencendo por quatro golos de diferença – criou e desperdiçou
oportunidades suficientes para isso –.
Na
segunda parte, o Pumas ganhou solidez defensiva (deixou de ser constantemente
superado pela faixa central, por exemplo), dificultando o ataque posicional de um
América cada vez mais desesperado e sem ideias para anotar os dois golos que necessitava.
Entretanto, assim como na primeira mão,
as Águilas voltaram a autodestruir-se
com duas expulsões totalmente estúpidas, desta vez por parte de Paolo Goltz e
Rubens Sambueza. Nos minutos finais, o Pumas conseguiu recortar as
distâncias com um golo de Javier Cortés após assistência de Ismael Sosa (criou
os quatro golos do Pumas na eliminatória e forçou as quatro expulsos do América
nos dois jogos), algo que não mudou muita coisa porque o conjunto de Ignacio
Ambriz seguiu em busca de dois golos para estar na final do torneio Apertura
2015. Logo na sequência da anotação de Cortés, o colombiano Andrés “Rifle” Andrade apareceu para anotar um golo
espetacular que fez com que o América voltasse a acreditar na reviravolta a
partir de outra demonstração de grandeza ao, com apenas nove sobre o terreno,
jogar os últimos minuto confronto na área do Pumas em busca do golo que
necessitava, algo que no final não se concretizou. Mesmo garantindo um lugar na
final, é necessário mencionar o nível decepcionante da equipa de Memo Vázquez
nesta Liguilla, sofrendo até o último segundo nos quartos-de-final e
meias-finais.
Posteriormente, o Tigres UANL visitou o Nemesio Díez necessitando anotar ao menos um golo para vencer a eliminatória contra o Toluca. Se na primeira mão José Saturnino Cardozo buscou desconectar Guido Pizarro do circuito ofensivo do Tigres a partir do trabalho dos avançados Enrique Triverio e Fernando Uribe, desta vez o treinador paraguaio fez diferente, armando um 4-2-3-1 no qual o médio argentino Darío Bottinelli teria a missão de acompanhar, praticamente de maneira individual, seu compatriota. O plano tático de Saturnino voltou a funcionar, com Guido Pizarro sendo desativado e os Felinos sendo obrigados a, novamente, apostar por uma saída exterior para estabelecer seus ataques em campo rival. Como a qualidade na execução não era a mesma, o Tigres encontrou muitas dificuldades para encontrar fluidez com a posse de bola, tanto que a maioria dos lances de perigo para a baliza defendida pelo guarda-redes Alfredo Talavera nasceram em transições ofensivas – em especial com as conduções do extremo-esquerdo Javier Aquino – nas vezes em que Toluca adiantou suas linhas. Mesmo com esta situação, é importante dizer que o domínio da primeira parte pertenceu exclusivamente aos visitantes, que mais uma vez chegaram ao intervalo sem golos no marcador de maneira inacreditável (o brasileiro Rafael Sóbis desperdiçou ao menos três grandes ocasiões, por exemplo), com os Diablos Rojos se limitando a defender em campo próprio o 0-0 que lhe era favorável.
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Posteriormente, o Tigres UANL visitou o Nemesio Díez necessitando anotar ao menos um golo para vencer a eliminatória contra o Toluca. Se na primeira mão José Saturnino Cardozo buscou desconectar Guido Pizarro do circuito ofensivo do Tigres a partir do trabalho dos avançados Enrique Triverio e Fernando Uribe, desta vez o treinador paraguaio fez diferente, armando um 4-2-3-1 no qual o médio argentino Darío Bottinelli teria a missão de acompanhar, praticamente de maneira individual, seu compatriota. O plano tático de Saturnino voltou a funcionar, com Guido Pizarro sendo desativado e os Felinos sendo obrigados a, novamente, apostar por uma saída exterior para estabelecer seus ataques em campo rival. Como a qualidade na execução não era a mesma, o Tigres encontrou muitas dificuldades para encontrar fluidez com a posse de bola, tanto que a maioria dos lances de perigo para a baliza defendida pelo guarda-redes Alfredo Talavera nasceram em transições ofensivas – em especial com as conduções do extremo-esquerdo Javier Aquino – nas vezes em que Toluca adiantou suas linhas. Mesmo com esta situação, é importante dizer que o domínio da primeira parte pertenceu exclusivamente aos visitantes, que mais uma vez chegaram ao intervalo sem golos no marcador de maneira inacreditável (o brasileiro Rafael Sóbis desperdiçou ao menos três grandes ocasiões, por exemplo), com os Diablos Rojos se limitando a defender em campo próprio o 0-0 que lhe era favorável.
Na
segunda parte, por mais que André-Pierre Gignac tenha tido uma espetacular
oportunidade logo nos instantes iniciais graças a um erro defensivo dos Choriceros, o Toluca acabou dando um passo à frente, melhorando sua defesa
posicional e entendendo que precisava juntar passes e posse de bola em campo
rival para não depender exclusivamente de seu sistema defensivo, algo que
ficou ainda mais evidente com o ingresso do peruano Christian Cueva no lugar de
Enrique Triverio. Foram os melhores minutos dos locais no jogo, com o
guarda-redes Nahuel Guzmán estando realmente ameaçado em alguns lances. Porém,
quando a situação parecia mais complicada para o Tigres, a primeira substituição
de Ricardo “Tuca” Ferretti teve um efeito devastador: o extremo-esquerdo Damián Álvarez saiu no banco de suplentes para
criar o primeiro golo do jogo, anotado por Javier Aquino (jogando à direita).
A partir deste momento, o Toluca passou a necessitar dois golos, uma missão
praticamente impossível contra uma equipa tão solida como a de Ferretti, que
acabou desfrutando dos espaços para armar transições ofensivas, com Gignac
acertando o poste antes de oferecer o 0-2 definitivo a Damián Álvarez, que completou um segundo tempo impressionante para
garantir a presença na final do conjunto de Nuevo León.
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