Gazélec continua a escrever uma bonita história na sua estreia na Ligue 1 e derrota, com bis de Larbi, um Lyon devastado; Saint-Étienne puxa dos galões para impor derrota ao Angers; Marselha empata e já não vence há quase 40 anos nas viagens a Bordéus.

19ª JORNADA
Sexta-feira:
Nice 1-0 Montpellier (Boscagli 31')
Sábado:
Caen 0-3 PSG (Di Maria 16' e 50' e Ibrahimovic 36')
Guingamp 0-2 Rennes (Dembélé 63' e Sio 77')
Troyes 0-0 Mónaco
Lorient 0-0 Nantes
Bastia 2-0 Reims (Ayité 21' e Romain 79')
Toulouse 1-1 Lille (Ben Yedder 11' | Boufal 87')
Domingo:
Saint-Étienne 1-0 Angers (Corgnet 61')
Gazélec 2-1 Lyon (Larbi 32' e 67' | Grenier 72')
Bordéus 1-1 Marselha (Khazri 57'| Romao 56')
De um lado um Lyon anestesiado,
do outro o Gazélec que continua no seu conto de fadas. Depois dos 9 primeiros
jogos sem vencer na estreia na Ligue 1, o Gaz está sem perder há outros tantos
e conseguiu 6 vitórias pelo meio. No pequenino Stade Ande Casanova, com
capacidade para 5000 pessoas, a equipa da Córsega recebeu e venceu o Lyon.
Larbi foi novamente a figura do encontro e bisou – em ambos os golos Gonalons
foi destaque pela negativa –, contando agora com 6 golos esta temporada. Fournier, apesar de precisar
de ganhar de vencer, começou com uma defesa a 5, com Gonalons a central. É
certo que o técnico não pode ser culpa por ter na enfermaria um ‘onze’ que
podia ser titular – Lacazette, Valbuena e Umtiti à cabeça – mas este tipo de
escolhas dúbias e as 5 derrotas nos 6 últimos jogos deixam pouquíssimo espaço
de manobra ao técnico que afunda completamente nesta viagem à ilha de Córsega.
O Gazélec vem fazendo o que sabe melhor, com autênticos guerreiros, só Anthony
Lopes não deixou que o resultado se dilatasse. Zoua e Tshibumbu foram outra vez
dois dos melhores em campo. Num curioso gráfico elaborado pela France Fotball,
que fez o rácio entre os pontos obtidos por esta altura e o orçamento, o Gaz
encontra-se em 1º. Apesar do seu orçamento de 10M, não parece haver impossíveis para Laurey e os seus pupilos. A 20 minutos do fim, o Lyon acordou e depois de Ghezzal
conduzir o lance à esquerda, Grenier reduziu para o conjunto de Fournier.
Apenas dois pontos separam, agora, as duas equipas. Quem diria?
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Depois de semanas de penitência,
o Saint-Étienne conseguiu acabar o ano com uma vitória mais que suada frente ao
Angers. A equipa angevin não fez o
ponto que lhes garantia a vice-liderança no final de ano, sendo que já não
perdia desde novembro, o que não apaga nada aquilo que tem sido a espectacular época dos
recém-promovidos. Os verts iniciaram
a partida com um domínio estéril, visto que a posse de bola que detinha não
apresentava efeitos na prática, algo comum no Saint-Étienne no ataque, sempre
algo lento. À passagem da hora de jogo, no meio de uma embrulhada, Corgnet foi
o mais composto e rematou para o fundo das redes de Ludovic Butelle. O
jogador tinha entrado minutos antes e trouxe do banco um presente de Natal importantíssimo
para os adeptos presentes no Geoffroy-Guichard, assim como para ele que já não
marcava há 1700 minutos. O golo despertou os visitantes que saíram para o
ataque mais vezes e estiveram pertíssimo do golo, momentos antes do final da
partida, num lance onde foi necessário recorrer à tecnologia da linha de golo.
Sissoko rematou fortíssimo, enviando o esférico a beijar a linha de golo,
depois de embater com estrondo na trave. Para além disto, Ruffier continuou
a demonstrar o porquê de ser um dos melhores keepers desta Ligue 1 e segurou a vantagem do Saint-Étienne. Não
foi brilhante, mas foi mais que necessário este triunfo dos verts.
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Não há muitos anos, este encontro
seria um verdadeiro jogo grande, mas perante as circunstancias desta época, era
apenas um duelo entre duas equipas da metade inferior da tabela, a desesperar
por pontos. Em Bordéus, as bancadas estavam cheias pela primeira vez esta época
depois da greve dos adeptos e os espectadores viram uma primeira parte
equilibrada com duas equipas que se encaixaram. Na segunda chegaram os golos,
ainda antes da hora de jogo, e logo dois num minuto. Primeiro o Marselha, com
várias baixas no ‘onze’ – de N’Koudou a Alessandrini – inaugurou o marcador com
uma cabeçada do improvável Romao, após um canto. A resposta dos girondins foi imediata e, na outra
baliza, Khazri restabeleceu a igualdade, num minuto de loucura no Stade
Bordeaux-Atlantique. Ambas as formações estavam bem longe da máxima força e
distantes da melhor forma. O Marselha já não vence em Bordéus desde a longínqua
época de 76/77 e o jogo acabou logicamente empatado, face às poucas
oportunidades criadas e ao equilíbrio contante. Em janeiro, há várias coisa
para corrigir nos phocéens, mas a
prioridade deve mesmo ser o centro da defesa, onde não há segurança desde o
início de época e não é possível garantir vitória se se sofre golos tão frequentemente
e com tanta facilidade. As notícias dão agora conta de mexidas em ambas as formações – Mandanda e Khazri, dois dos jogadores mais influentes, podem estar a caminho do Aston Villa. A Ligue 1 volta em janeiro e, se o primeiro e o último são lugares praticamente entregues, a meio da tabela há muito por decidir...
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