Título merecido para o Tigres de
“Tuca” Ferretti no primeiro torneio de Gignac no futebol mexicano;
Verticalidade de Memo Vázquez levou o Pumas a final e fez a Liga MX temer
Ismael Sosa; Campanha positiva do Toluca com grande contribuição dos reforços; O
Jaguares de La Volpe foi uma das atrações graças a Avilés Hurtado e Silvio
Romero; Pouco a destacar de um América sem identidade; Monterrey e Chivas, as
desilusões; Dorados em problemas com o descenso.

Apesar
de não ter realizado o melhor torneio regular (quinta colocação) e de quase ter
perdido o título após o 3-0 na primeira mão da final contra o Pumas UNAM, a conquista do torneio Apertura 2015 por
parte do Tigres UANL de Ricardo “Tuca” Ferretti é totalmente merecido.
Porque os Felinos de Nuevo León possuem
uma identidade futebolística definida, praticam o melhor futebol em terras
astecas e possuem nomes que mereciam esta conquista. Como o guarda-redes Nahuel
Guzmán, fantástico em situações típicas de um portero (defesas e jogo aéreo), mas também fundamental no estilo
associativo e dominante do Tigres graças a seu jogo com os pés. Assim como o
médio defensivo Guido Pizarro, imperial
em fase defensiva e o grande retrato desta identidade futebolística, capaz
de controlar qualquer jogo da Liga MX praticamente sozinho. E, claro, o francês
André-Pierre Gignac, que causou um impacto excepcional com sua chegada ao
futebol mexicano e terminou o torneio (fase regular e Liguilla) com a maior
quantidade de golos anotados (15), sendo decisivo nas três eliminatórias no
caminho para a conquista, confirmando o status de melhor jogador da liga.
Sendo
a equipa com maior quantidade de posse de bola do campeonato durante o
semestre, o Tigres também foi o conjunto
menos goleado, confirmando que o domínio com o controle do esférico é a melhor
defesa e aumentando os créditos de uma linha defensiva (Israel Jiménez,
Hugo Ayala, Juninho, Jorge Torres Nilo e o versátil José Arturo “Palmera”
Rivas) que está junta há muitos torneios oferecendo as garantias necessárias. O
lateral-direito Israel Jiménez, depois de conquistar a medalha de ouro nos
Jogos Olímpicos de Londres em 2012 com a seleção mexicana e sofrer uma grave
lesão que acabou o enviando por empréstimo para o Tijuana em 2014, finalmente teve o seu torneio de
confirmação na elite do futebol mexicano, sendo peça fundamental a partir de
seu jogo interior. Algo que também aconteceu com Jesús Dueñas, que
conquistou a titularidade indiscutível no lugar que era ocupado pelo
internacional uruguaio Egidio Arévalo Ríos. Além disso, o nível apresentado por
outros dois reforços de peso como Jürgen Damm e Javier Aquino (cinco golos e
cinco assistências), os extremos titulares, também foi muito agradável – tanto
que ambos fazem parte dos planos de Juan Carlos Osorio para o futuro da seleção
mexicana –, com Joffre Guerrón e Damián Álvarez convivendo com a suplência. Inclusive
Rafael Sóbis, reconvertido a posição de
médio interior, mesmo não repetindo o grande nível do primeiro semestre de
2015, também foi capaz de contribuir com quatro golos e sete assistências,
o que demonstra que o funcionamento do Tigres foi excelente.
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Com
um estilo completamente distinto ao apresentado pelo campeão Tigres UANL, o
Pumas UNAM foi capaz de realizar um grande torneio sob o comando de Memo
Vázquez. Com um plano muito vertical e
que privilegiou as transições ofensivas, os Felinos
da capital mexicana completaram a melhor campanha da fase regular e estiveram
muito próximos da conquista do título mesmo realizando uma Liguilla
medíocre. A verticalidade de Vázquez serviu para potencializar os quatro
jogadores ofensivos da equipa: Ismael Víctor Sosa (11 golos e seis
assistências), Matías Britos (sete golos e cinco assistências), Fidel Martínez
(cinco golos e 13 assistências) e Eduardo Herrera (11 golos e quatro
assistências) foram o grande argumento deste Pumas, estando em um nível
espetacular, em especial o argentino
Sosa, que consagrou-se como o melhor jogador para atacar em campo aberto da
liga. Entretanto, é importante destacar também o bom nível defensivo, já
que os Universitarios foram uma das
equipas menos goleadas do torneio mesmo contando com uma clara debilidade: a
concessão de espaços entre linhas, onde os médios defensivos Alejandro Castro e
David Cabrera nunca conseguiram oferecer garantias e o acompanhante de um
destes dois, Javier Cortés, não deixa de ter formação de extremo, se destacando
mais pelas projeções ao ataque do que pelo trabalho defensivo, tanto que somou
quatro golos e cinco assistências. O
guarda-redes Alejandro “Pikolín” Palacios esteve em grande nível, assim como a
dupla de centrais compostas por Gerardo Alcoba e Darío Verón e o
lateral-esquerdo Luis Fernando Fuentes.
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Club
América e Toluca terminaram o torneio Apertura 2015 com sensações distintas.
Por um lado, esperava-se mais das Águilas.
O resultado no campeonato nacional não é
ruim, mas Ignacio Ambriz nunca
conseguiu dotar o América de uma identidade própria, faltou equilíbrio
emocional no confronto contra o Pumas UNAM e não disputar as meias-finais do
Mundial de Clubes acabou tornando o semestre em praticamente um fracasso. O
conjunto da capital transmite a sensação de que vence o seus jogos por grandeza
e qualidade individual, o que nunca é uma boa notícia. Neste sentido, que
Carlos Darwin Quintero (seis golos e três assistências) tenha alcançado, em
alguns momentos, o nível demonstrado no Santos Laguna é algo positivo, assim
como os 10 golos e três assistências do ponta-de-lança argentino Darío Benedetto.
Já o Toluca, apesar de ter sido completamente superado pelo Tigres UANL na
meia-final, deixou boas sensações. O
mítico José Saturnino Cardozo, após cinco torneios no comando dos Diablos Rojos, soma quatro presenças
entre os quatro finalistas, o que demonstra uma invejável regularidade.
Após sequer estar na Liguilla do torneio Clausura 2015, a chegada de alguns
reforços foi chave para a boa campanha do Toluca no Apertura 2015: o médio
Darío Bottinelli (dois golos e uma assistência), o extremo Christian Cueva (um
golo e quatro assistências) e o ponta-de-lança Fernando Uribe (11 golos)
estiveram em ótimo nível. Entretanto, a
grande estrela dos Choriceros foi o
avançado Enrique Triverio (10 golos e duas assistências), que dominou vários
jogos em seu primeiro torneio no futebol mexicano. Além disso, o grande rendimento
oferecido pelo guarda-redes Alfredo Talavera, o central Paulo da Silva e o
extremo Carlos Esquivel (três golos e duas assistências) também resultou de vital
importância.
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Apesar
de ter estado presente na Liguilla, o torneio realizado pelo Club León de Juan
Antonio Pizzi não foi completamente satisfatório. Os problemas defensivos dos Esmeraldas sempre estiveram presentes: o León terminou sendo a equipa mais goleada
do torneio somando a fase regular com as eliminatórias finais. Isso fez com
que o sólido plano ofensivo do treinador argentino – atrair por dentro para
desequilibrar por fora – ficasse sem segundo plano mesmo com as três estrelas
da equipa, Luis “Chapo” Montes (dois golos e seis assistências), Carlos
“Gullit” Peña (oito golos) e Mauro Boselli (13 golos e duas assistências),
estando em destaque. Pizzi, inclusive, alterou a forma de jogar de “Chapo”
Montes: o médio ofensivo que teria sido titular no Mundial de 2014 se não fosse
por uma grave lesão deixou de ser um
criador de oportunidades de golo para assumir um papel de construtor de futebol
ofensivo, passando a participar do jogo de maneira muito mais recuada. Para
ilustrar a ideia futebolística do León, Montes era o responsável pelo primeiro
passe no meio-campo que superava linhas de pressão do adversário, enquanto
“Gullit” Peña e Boselli buscavam, na área rival, os desequilíbrios gerados
pelos extremos Elías Hernández e Hernán Darío Burbano pelos costados (cada um foi
responsável por sete assistências no torneio).
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Club León - Twitter oficial |
Por
outro lado, Veracruz, Jaguares de Chiapas e Puebla atingiram os seus objetivos
no torneio Apertura 2015 ao estarem presentes na Liguilla. O conjunto de Carlos Reinoso, que estava sob sérias ameaças de descenso
no começo do ano, somou duas presenças nas fases finais neste ano a partir
de um plano de jogo direto e vertical pelos costados que sempre busca
aproveitar ao máximo as qualidades físicas (e técnicas) do ponta-de-lança
argentino Julio César Furch (oito golos e duas assistências), que cada dia
deixa mais claro o seu status de um
dos jogadores mais influentes da Liga MX. Este estilo do Veracruz fica evidente
no número de assistências (oito) do extremo-direito chileno Fernando Meneses e
no nível do avançado uruguaio Juan Ángel Albín (seis golos e uma assistência),
que está sempre buscando aproveitar o que gera a presença de Furch. Já o
Jaguares de Chiapas de Ricardo La Volpe somou a oitava presença na Liguilla de
sua história, mas seguiu sem ultrapassar os quartos-de-final. Os avançados Avilés Hurtado (seis golos e
seis assistências) e Silvio Romero (10 golos e oito assistências), apesar de
terem realizado um torneio sensacional, sendo dois dos melhores jogadores do
futebol mexicano no semestre, não conseguiram superar o que havia
conseguido, por exemplo, o ponta-de-lança colombiano Jackson Martínez em seu
momento. Vale destacar que, além de grandes números, Avilés e Silvio também se
entendem muito bem futebolisticamente e formam uma dupla tão atrativa porque
são jogadores muito diferentes: condução, velocidade e ruptura no caso do
colombiano, apoio, pausa e último passe em relação ao argentino. Por fim, o trabalho realizado por Pablo Marini no comando do Puebla merece
menção: com um dos planteis mais baratos e com menor qualidade individual da
primeira divisão, precisando conquistar pontos na luta contra o descenso, o
treinador argentino levou a Franja a
competir de igual-para-igual com o Toluca nos quartos-de-final da Liguilla.
Nesta campanha sensacional, os nove golos do ponta-de-lança Luis Gabriel Rey
foram decisivos, assim como a recuperação de um desacreditado Christian
“Hobbit” Bermúdez (cinco golos e duas assistências). Porém, o que acabou sendo mais decisivo foi o ofício de Marini, capaz
de motivar jogadores desacreditados e competir contra rivais superiores a
partir de um trabalho tático específico.
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Apesar
de algumas equipas terem ficado abaixo das expectativas, a companha de dois
conjuntos resultou mais decepcionante. Nem o
grande nível demonstrado pelo trio ofensivo formado por Edwin Cardona (10 golos
e cinco assistências), Dorlan Pabón (sete golos e quatro assistências) e
Rogelio Funes Mori (11 golos e cinco assistências) fez com que o Monterrey
garantisse presença na Liguilla. Os três foram responsáveis pela criação de
praticamente todos os golos dos Rayados,
o que demonstra que houve pouca contribuição do restante do plantel por mais
que o uruguaio Walter Gargano tenha cumprido com as expectativas no meio-campo.
Além disso, a equipa de Antonio “Turco” Mohamed esteve realmente mal
defensivamente, sendo uma das mais goleadas e não conseguindo equilibrar o
potencial ofensivo dos dois colombianos e do argentino. Também faltou um plano
de jogo mais consistente e que Cardona atingisse certa regularidade – Edwin foi
capaz do melhor e do pior –. O outro conjunto que desiludiu foi o Chivas
Guadalajara, que viu como o argentino Matías
Almeyda iniciou sua trajetória como treinador no futebol mexicano com uma
grande sequência de resultados a frente da equipa Rojiblanca após a demissão de José Manuel “Chepo” de la Torre,
algo que culminou com a conquista do torneio Apertura da Copa MX, mas acabou
caindo de rendimento nas jornadas finais, ficando fora da Liguilla. Esta queda
de nível está refletida nos números do veterano ponta-de-lança Omar Bravo:
foram 10 golos e duas assistências nos 17 jogos, mas apenas uma anotação nas
últimas seis jornadas. Além disso, apesar da presença de centrais de qualidade
como Carlos Salcedo e Oswaldo Alanís, o Rebaño Sagrado sofreu mais golos do que
anotou, algo que explica-se a partir da falta de solidez no meio-campo e,
por exemplo, porque o lateral-direito Raúl “Dedos” López (dois golos e três
assistências) ainda acrescenta mais em fase ofensiva do que defensiva.
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Após
grandes investimentos no mercado de transferências com as chegadas de Richard
Ruíz, Fábio Santos, Marc Crosas, Ariel Rojas, Fernando Belluschi, Lucas Silva,
Federico Carrizo, Jorge Benítez e Vicente Matías Vuoso e um início que deixou
algumas sensações positivas, o trabalho
de Sergio Bueno no comando do Cruz Azul foi terrível, com uma troca de técnico
durante o torneio (chegada de Tomás Boy) e a ausência da Liguilla pelo terceiro
semestre consecutivo. Poucas coisas merecem destaque na campanha da Máquina, talvez que os veteranos Christian
Giménez (quatro golos e duas assistências) e Vuoso (quatro golos) sigam
capacitados para acrescentar, assim como alguns dos reforços que nunca
conseguiram se firmar – Jorge Benítez, em especial –. Por outro lado, a
contratação do lateral/médio brasileiro Fábio Santos (dois golos) foi um
sucesso. Em situação similar ao Cruz Azul encontra-se o Santos Laguna, que, após conquistar o Clausura 2015, não conseguiu
garantir presença na Liguilla do Apertura e viu como o português Pedro Caixinha
abandonava o comando técnico da instituição, sendo substituído pelo
espanhol Pako Ayestarán, que não seguirá para o próximo torneio, com o
argentino Luis Zubeldía sendo o novo treinador dos Guerreros. Individualmente, todos os jogadores chaves para a
conquista do título no primeiro semestre do ano sofreram uma queda de nível,
sendo que o cabo-verdiano Djaniny Tavares (sete golos e três assistências) foi
o único que seguiu produzindo com relativa regularidade. Além do avançado com
passagem pelo futebol português, outro jogador que teve um rendimento animador
na Comarca Lagunera foi o chileno Bryan
Rabello (dois golos e uma assistência), que criou boas expectativas em seus
primeiros meses no futebol asteca e voltou a ser internacional absoluto com
a seleção sul-americana.
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Querétaro
e Pachuca, após brigarem por estar na Liguilla até as últimas jornadas e
falharem, foram outros conjuntos dos quais se esperava mais. Os Gallos Brancos de Víctor Manuel
Vucetich, após serem finalistas no torneio Clausura 2015, sofreram do mesmo mau
que afetou o Santos Laguna: quase todos os seus jogadores perderam nível após o
verão. O principal exemplo é o jovem
mexicano Orbelín Pineda, que nunca conseguiu sequer aproximar-se do nível
demonstrado no primeiro semestre do ano, sendo que ainda assim terminou somando
três golos e quatro assistências. No caminho contrário, o guarda-redes
Tiago Volpi seguiu como um dos melhores jogadores da liga em sua posição e o
ponta-de-lança Emanuel “Tito” Villa elevou seu rendimento, terminando a fase
regular como o melhor marcador do torneio (13 golos, além de duas
assistências). Por fim, vale destacar que a saída de Ronaldinho Gaúcho causou
um impacto negativo – mais por conta do que significava o brasileiro no plano
de jogo associativo da equipa –, da mesma maneira que a nova lesão sofrida por Camilo
Sanvezzo foi um duro golpe para as pretensões do conjunto. Já o Pachuca, graças a um nível defensivo sofrível (foi quem mais
recebeu golos no torneio regular), ficou fora da Liguilla pela primeira vez em quatro
torneios. O nível ofensivo dos Tuzos
de Diego Alonso foi bastante aceitável, com o ponta-de-lança argentino Ariel
Nahuelpán (sete golos e três assistências) arrancando a campanha on fire, seu compatriota Franco Jara
(oito golos em nove jogos) causando um espetacular impacto imediato após sua
chegada ao futebol mexicano, com o jovem Hirving Lozano (quatro golos e quatro
assistências) demonstrando seu talento e os médios ofensivos Jonathan Urretaviscaya
(dois golos e cinco assistências) e Rubén Botta (dois golos e três
assistências) deixando detalhes de qualidade. Mas, no final, não havia nenhuma solidez defensiva que oferecesse
garantias – o torneio do zagueiro central Miguel Herrera Equihua foi tenebroso
–.
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O
recém-ascendido Dorados de Sinaloa não esteve bem em seu primeiro torneio na
elite do futebol mexicano em quase 10 anos, mas isso até pode ser considerado
normal ponderando a diferença de nível entre as categorias e a quantidade de
jogadores novos no plantel. Entretanto,
este rendimento ruim praticamente obriga o Dorados a somar mais de 23 pontos no
torneio Clausura 2016 para evitar o descenso – realizado através da
classificação de cocientes –, uma missão bastante complicada. Um dos maiores
destaques neste retorno do Gran Pez à
primeira divisão asteca foi o internacional panamiano Roberto Nurse,
responsável por quatro golos e uma assistência em uma equipa que iniciou com o
argentino Carlos Bustos como técnico e terminou sob o comando do colombiano Luis
Fernando Suárez. Quem está em uma
situação parecida é o Monarcas Morélia, com a diferença de que o conjunto de
Enrique Meza terminou o torneio Apertura 2015 transmitindo melhores sensações –
por muito pouco não esteve na Liguilla –. O experiente treinador mexicano
conseguir organizar as coisas em Michoacán depois de uma temporada 2014-15
sofrível, tornando o Morélia competitivo novamente a partir de uma sólida
defesa posicional com as linhas recuadas – destaque para os centrais argentinos
Marco Torsiglieri e Facundo Erpen neste sentido – e uma excelente capacidade
para atacar com transições, especialmente graças ao extremo colombiano
Jefferson Cuero (três golos e três assistências) e aos golos (6) do ponta-de-lança
paraguaio Pablo Velázquez. Por fim, vale destacar que o jovem lateral/médio mexicano Erick Aguirre terminou o torneio tendo
espaço na equipa principal da Monarquia,
algo que pode ser muito rentável e atrativo no futuro.
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Finalmente,
Atlas e Tijuana realizaram um torneio medíocre, com mudanças de treinador
incluídas – Gustavo Matosas e Rubén Omar Romano não terminaram o Apertura em
seus cargos originais –, em nenhum momento demonstraram argumentos suficientes
para estar na Liguilla e não estão ameaçados pelo descenso. Individualmente, foi realmente sofrível ver
como o grande nível do avançado colombiano Dayro Moreno (11 golos, mais da
metade de todas as anotações dos Xolos)
não teve nenhuma recompensa no conjunto da divisa com os Estados Unidos,
por mais que seu acompanhante, Henry Martín (dois golos e cinco assistências em
12 jogos), tenha transmitido boas sensações, ganhando inclusive sua primeira
internacionalidade com o México. O venezuelano Juan Arango nunca esteve bem, o
argentino Gabriel Hauche não repetiu o bom nível de seu primeiro torneio no
futebol mexicano e o central colombiano Leiton Jiménez não conseguiu compensar
o péssimo rendimento coletivo do setor defensivo, com o veterano guarda-redes Federico
Vilar em destaque pela negativa. Em
relação ao conjunto de Guadalajara, vale dizer que a ideia futebolística do
uruguaio Gustavo Matosas tornou a equipa totalmente caótica, sem nenhuma
consistência e que ainda por cima não conseguiu acoplar os reforços ao seu
sistema de jogo – pouco ou nada de nomes como Álvaro González, Jorge Zárate,
Christian Tabó e Gonzalo Bergessio –. Por fim, merece menção que o jovem
talento Arturo “Ponchito” González sofreu com lesões, jogou menos de 600
minutos e não conseguiu acrescentar sua criatividade associativa ao meio-campo Rojinegro.
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MEXSPORT |
Campeão:
Tigres UANL
Vencedor
da Copa MX Apertura: Chivas Guadalajara
Apurados
para a Liga dos Campeões da Concacaf (2016-17):
Tigres UANL e Pumas UNAM
Apurados
para a Taça Libertadores da América (2016): Pumas UNAM e
Toluca
Melhor
marcador: André-Pierre Gignac (Tigres UANL) – 15 golos
Melhor
assistente: Fidel Martínez (Pumas UNAM) – 13
assistências
Melhor
jogador para o PD: André-Pierre Gignac (Tigres UANL)
Melhor
treinador para o PD: Ricardo “Tuca” Ferretti (Tigres UANL)
XI
ideal para o PD: