O Tondela surpreendeu o Sporting e saiu de Alvalade com um precioso empate que pode deixar o topo do campeonato ainda mais equilibrado; Nathan Jr adiantou os visitantes, de grande penalidade que culminou com a expulsão de Rui Patrício; Slimani e Gelson Martins deram a volta ao marcador já no segundo período, mas Chamorro fechou as contas perto do fim.

SPORTING 2-2 TONDELA (Slimani 54' e Gelson Martins 60' | Nathan Jr. 28' pen e Chamorro 85')
Surpresa em Alvalade. O líder do campeonato não foi além de um empate diante o último classificado. O Sporting pode queixar-se de uma fraca primeira parte, mas é preciso reconhecer o mérito tondelense que se revelou organizado e acima de tudo eficaz. Sobretudo no segundo período, quando os leões já estavam em vantagem e o Tondela pouco fez para chegar à igualdade.
A primeira parte do Sporting foi francamente má, sobretudo os primeiros vinte minutos com muitos passes falhados e perdas de bola que denotavam um baixo índice de concentração por parte da equipa leonina. A primeira boa ocasião do Sporting pertenceu a William Carvalho e só chegou aos 25 minutos. O médio defensivo cabeceou por cima da baliza defendida por Matt Jones, aos 25 minutos, aproveitando uma má saída do guarda-redes do Tondela. O lance poderia ter espevitado o líder do campeonato mas foi precisamente o Tondela que chegou à vantagem pouco depois. Nathan Jr foi travado por Rui Patrício dentro da grande área. Grande penalidade que deixou os leões reduzidos a dez unidades por expulsão do internacional português. Nathan, na conversão, rematou para o meio da baliza do recém-entrado Marcelo Boek, que sacrificou Bruno César.
A primeira parte do Sporting foi francamente má, sobretudo os primeiros vinte minutos com muitos passes falhados e perdas de bola que denotavam um baixo índice de concentração por parte da equipa leonina. A primeira boa ocasião do Sporting pertenceu a William Carvalho e só chegou aos 25 minutos. O médio defensivo cabeceou por cima da baliza defendida por Matt Jones, aos 25 minutos, aproveitando uma má saída do guarda-redes do Tondela. O lance poderia ter espevitado o líder do campeonato mas foi precisamente o Tondela que chegou à vantagem pouco depois. Nathan Jr foi travado por Rui Patrício dentro da grande área. Grande penalidade que deixou os leões reduzidos a dez unidades por expulsão do internacional português. Nathan, na conversão, rematou para o meio da baliza do recém-entrado Marcelo Boek, que sacrificou Bruno César.
A equipa visitante soube sempre preencher muito bem os espaços, jogando com um bloco muito coeso (algo típico no esquema de Petit), o que permitiu ao Tondela ficar em superioridade numérica face ao Sporting. Mesmo reduzido a dez unidades a equipa de Alvalade esteve perto do empate, primeiro por William (boa defesa de Matt Jones) e depois por Slimani.
Para o segundo período Jorge Jesus voltou a mexer na sua equipa e fez entrar Gelson Martins. A verdade é que o Sporting entrou mais veloz e pressionante. E aos 54 minutos, o empate chegou por Slimani, que marcou pelo quarto jogo consecutivo. Os leões não deixaram de carregar no acelerador e sufocavam os visitantes, mascarando a ideia de que estavam com dez unidades. E por duas vezes o Sporting esteve perto do segundo golo. Por Bryan Ruiz, primeiro, e Slimani depois, num lance polémico em que os leões ficaram a reclamar grande penalidade de Tikito, mas este cortou o lance com a cabeça. Cheirava a golo em Alvalade mas, logo de seguida, foi Romário Baldé a estar muito próximo de adiantar o Tondela no marcador, só que o remate foi por cima.
Os quinze primeiros minutos do segundo tempo foram vibrantes e culminaram com o golo de Gelson Martins, o grande agitador do jogo dos leões. O momento foi particularmente importante, não apenas porque fez respirar de alívio os adeptos leoninos mas também por ser o golo 5 mil do Sporting. Petit mexeu, depois, na equipa fazendo entrar Menga dando sinais de que acreditava que a superioridade numérica poderia ainda inverter o resultado negativo. Tal acabou por não corresponder à realidade acima de tudo porque a equipa parecia não conseguir responder fisicamente à exigência do jogo.
Em vantagem no marcador o Sporting tentou gerir o jogo. Sem arriscar a defesa nunca deixou de procurar o terceiro, da tranquilidade. Gelson e Bryan Ruiz foram, neste capítulo, os melhores do líder do campeonato. Petit arriscou e fez entrar Chamorro. E em boa hora o fez. Três minutos depois o avançado empatou num lance em que pareceu estar no limite do fora-de-jogo e gelou Alvalade. Nos últimos minutos Jorge Jesus fez entrar Mané, no tudo por tudo, e ambas as equipas poderiam ter marcado. Mas o resultado estava feito.
SPORTING
Rui Patrício: Apenas 28 minutos em campo. Expulso por uma grande penalidade muito contestada em Alvalade. Não tanto pela falta, mas pela decisão da admoestação
João Pereira: Sentiu algumas dificuldades a defender, mas apoiou bem quando o Sporting estava a pressionar o Tondela em busca do empate.
Ewerton: Parece fora de forma. E isso revelou-se pela sua lentidão e na abordagem a alguns lances onde revelou alguma falta de concentração.
Naldo: Melhor que o companheiro no eixo da defesa, foi importante também na zona de pressão, acabando por estar envolvido no segundo golo dos leões.
Jefferson: Jogo menos conseguido por parte do brasileiro. Lento a defender e deu menos profundidade no ataque face ao habitual.
William Carvalho: Confirmou que não está a atravessar o melhor momento de forma e voltou a ser sacrificado ao intervalo.
Adrién: Subiu de rendimento na segunda parte e a equipa ganhou com isso, tornando-se mais pressionante e veloz.
João Mário: Tal como a maioria dos colegas esteve melhor no segundo tempo, altura em que se soltou mais e fez algumas desmarcações importantes. Esteve perto do golo.
Bruno César: Jogo inglório. Foi sacrificado à meia hora, depois da expulsão de Rui Patrício.
Bryan Ruiz: Foi um dos melhores leões em campo. Jogou e fez jogar. Esteve perto de marcar e teve momentos de brilhantismo. Não foi por ele que o Sporting não somou os três pontos.
Slimani: Marcou pelo quarto jogo consecutivo, mas desta vez não foi suficiente.
Marcelo Boeck: Foi obrigado a entrar por expulsão de Rui Patrício. Sem culpa nos golos sofridos. De resto, mostrou atenção nos raros momentos em que foi chamado a intervir.
Gelson Martins: Acabou por ser o homem do jogo para o Sporting. Entrou e a equipa ganhou uma nova alma. Mais velocidade e mais intensidade. À esquerda e à direita. E ainda marcou um golo.
Mané: Entrou para os descontos...
Jorge Jesus: O treinador do Sporting pode queixar-se, acima de tudo, da falta de dinâmica da sua equipa no primeiro tempo. Os leões pareciam amarrados à estratégia montada por Petit e a expulsão de Patríco, aliada ao golo de Nathan deixaram os leões em muito maus lençóis. O treinador do Sporting, à semelhança do que fizeram com o Braga, mexeu bem tirando William para lançar Gelson Martins, e a equipa ganhou uma nova alma. Em 15 minutos conseguiu virar o marcador. Com menos uma unidade o Sporting tentou gerir essa vantagem mas acabou por ser curta. Depois do empate de Chamorro, Jesus ainda lançou Mané mas já era tarde.
Tondela: O último classificado do campeonato acaba por sair de Alvalade com um precioso ponto. A equipa treinada por Petit acabou por ser premiada pela forma organizada com que se apresentou em campo, anulando o Sporting sobretudo no primeiro tempo. O sonho de sair com pontos começou a ganhar forma quando se apanhou em vantagem no marcador e numericamente. As coisas complicaram-se no segundo período, com os leões a darem a volta ao marcador, e o Tondela a acusar dificuldades físicas. Só que Chamorro foi a arma secreta de Petit e ao fim de poucos minutos em campo selou o 2-2 final.