Terminaram os primeiros testes da pré-temporada de Fórmula 1. São poucas
as conclusões que se podem tirar dos primeiros quatros dias de rodagem dos
novos carros, mas há indicações que saltam à vista e coisas que parecem não querer
mudar.
A Mercedes parece estar forte como sempre. Sem nunca ter usado os
pneus mais macios, a equipa germânica mostrou, durante os quatro dias, uma
enorme fiabilidade, com capacidade para fazer cerca de 3,100 km, e 675 voltas,
deixando a concorrência para trás. Neste aspeto, a Toro Rosso e a
Sauber completam o pódio, a nível de fiabilidade e numero de voltas, mas com a benesse
de a equipa italiana ter usado um motor com provas dadas, o hibrido Ferrari de
2015, enquanto que a Sauber usou o carro do ano anterior. Na ponta oposta encontra-se a
Manor, com poucas voltas realizadas, cerca de 254 e 1,177 km, apesar de usar o
dominador motor Mercedes, e a McLaren-Honda. A histórica equipa britânica até
começou bem, a nível de rodagem, mas os últimos dois dias foram maus, com
quebras no sistema hidráulico, obrigando Alonso a fazer apenas 3 voltas durante
o ultimo dia de testes.
A nível de tempos, a mais rápida foi a Ferrari, estreando os novos
pneus ultra macios da Pirelli, indicando que a Scuderia
pode continuar a ser a maior ameaça à Mercedes, na disputa do campeonato.
Já a Mercedes apenas usou o composto médio, indicando que apenas se estão a
concentrar em fazer quilómetros com o novo monolugar e não a procurar
performance, tanto que os pilotos, Hamilton e Rosberg, já avisaram que ainda não
“puxaram” pelo carro. Quem também se portou bem a nível
de tempos foi a Force India, a mostrar que o ano anterior não foi um “fluke”, ao conseguir tempos bastante
competitivos. As equipas com propulsores Renault, Red Bull e Renault, tiveram prestações
um pouco “under the radar”, mas parece
que a fiabilidade e performance melhorou em relação ao ano passado. Já a McLaren-Honda não se
mostrou particularmente rápida, algo que se pode apontar a uma falta de
rendimento do motor nipónico, como no desastroso ano anterior, ou por não ter
sido essa a estratégia definida pela equipa para estes testes, sendo essa a justificação,
por parte dos britânicos, para o pior tempo dos testes de todo o pelotão.
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Nota também para a boa prestação para a estreante Haas, que conseguiu recuperar de uma falha na asa dianteira no primeiro dia, e conseguiu fazer um teste sólido, para uma equipa completamente nova.
A próxima semana traz mais testes, os últimos antes do primeiro Grande Prémio do ano, na Austrália, e nestes será possível ter uma melhor perspetiva sobre qual será a ordem competitiva da temporada que se avizinha.
Total de quilómetros percorridos
por equipa:
1º Mercedes, 3,137.47 km
2º Toro Rosso, 2,080.785 km
3º Sauber, 2,010.96 km (carro
de 2015)
4º Williams, 1,792.175 km
5º Red Bull, 1,717.695 km
6º Ferrari, 1,638.56 km
7º Renault, 1,596.665 km
8º Force India, 1,550.115 km
9º Haas, 1,308.055 km
10º McLaren, 1,196.335 km
11º Manor, 1,177.715 km
Tempos mais rápidos por equipa
(apenas carros de 2016):
1º Ferrari, 1m 22.810s
2º Force India, 1m 23.110s
3º Red Bull, 1m 23.525s
4º Mercedes, 1m 24.867s
5º Renault, 1m 25.263s
6º Toro Rosso, 1m 25.393s
7º Haas, 1m 25.524s
8º Williams, 1m 25.648s
9º Manor, 1m 25.925s
10º McLaren, 1m 26.082s