Após vencer no sábado, os Blaugranas assistiram seus rivais
falharem; Atuação ruim e tropeço para o Real Madrid na visita a Rosaleda; Outra
imagem super competitiva do Málaga de Javi Gracia; Atlético de Madrid não
consegue superar o muro defensivo do Villarreal; Empate sem golos entre as duas
melhores defesas do campeonato; Vitória da Real Sociedad com outro golo de
Jonathas e pouco nível no Derbi Vasco;
Mais três pontos para o Valência de Gary Neville; Empate entre Rayo e Sevilha.

Levante 3-0 Getafe
(José Luis Morales 10’, Giuseppe Rossi 43’ pen
e Joan Verdú 81’)
Las Palmas 1-2 Barcelona
(Willian José 10’ | Luis Suárez 6’ e Neymar 39’)
Espanyol 1-0 Deportivo Da Corunha
(Marco Asensio 52’)
Real Bétis 1-1 Sporting Gijón
(Germán Pezzella 67’ | Carlos Castro 65’)
Celta de Vigo 3-2 Eibar
(John Guidetti 31’ e 69’ e Jonny Castro 39’ | Saúl Berjón 84’ pen e Takashi Inui 87’)
Domingo:
Rayo Vallecano 2-2 Sevilha
(Manucho 43’ e Miku 62’ | Steven N’Zonzi 10’ e Vicente Iborra 20’)
Málaga 1-1 Real Madrid
(Raúl Albentosa 66’ | Cristiano Ronaldo 33’)
Athletic Bilbao 0-1 Real Sociedad
(Jonathas de Jesus 17’)
Granada 1-2 Valência
(Edgar Méndez 90’+2 | Dani Parejo 55’ e Santi Mina 90’+1)
Atlético de Madrid 0-0 Villarreal
Na
Rosaleda, o Real Madrid visitou o Málaga buscando sua quarta vitória
consecutiva no campeonato e manter a invencibilidade sob o comando do francês
Zinedine Zidane. Entretanto, assim como
em outros duelos contra os grandes clubes da Espanha, o conjunto treinado por
Javi Gracia voltou a transmitir ótimas sensações, criando grandes problemas
para o Real Madrid com sua pressão em campo rival, demonstrando solidez e
sincronismo de seu 4-4-2 e ainda dispondo de ótimas oportunidades de golo,
especialmente a partir das aparições do extremo-direito Juanpi Añor, que voltou
a estar em bom nível. Com o trabalho do médio defensivo Ignacio Camacho sobre
Toni Kroos e a falta de ajuda ao alemão por parte de Luka Modric e Mateo
Kovacic, o Real Madrid encontrou dificuldades para avançar com o controle do
esférico, o que fez com que a bola sempre chegasse ao guarda-redes Keylor
Navas, algo que atualmente significa uma recuperação do rival por conta da
total falta de precisão no jogo com os pés do internacional costarriquenho. Porém, mesmo com este cenário, o Real
Madrid chegou ao intervalo em vantagem no marcador graças à incapacidade do
Málaga em transformar sua superioridade em golos e porque a arbitragem validou
uma anotação em clara posição de fora-de-jogo do português Cristiano Ronaldo,
que ainda durante a primeira parte dispôs de uma grande penalidade sofrida por
si próprio para marcar o 0-2, mas parou no guarda-redes Carlos Kameni.
Assim
como na última jornada, contra o Athletic Bilbao, quando a primeira parte também esteve marcada pela verticalidade após superar
a pressão em seu campo por parte do adversário, novamente o plano do Real
Madrid após o intervalo foi controlar o jogo através de possessões com pausa em
campo rival. O problema foi que desta vez os Blancos enfrentaram uma defesa extremamente mais sólida, estiveram
menos inspirados no setor ofensivo (o lateral-esquerdo Marcelo acabou sendo o
único jogador desequilibrante) e a vantagem em relação ao Málaga era de apenas
um golo, com o conjunto de Javi Gracia conseguindo o empate na sequência de uma
bola parada, com os dois centrais sendo os protagonistas da jogada: cruzamento
de Weligton e remate certeiro de Raúl Albentosa. Ademais, o costarriquenho
Keylor Navas ainda realizou algumas defesas importantes durante a segunda parte
– evitou a reviravolta do Málaga no marcador com uma grande intervenção em um
cabeceio do ponta-de-lança Charles –, enquanto o camaronês Carlos Kameni
praticamente não foi ameaçado de forma real. O tropeço faz com que o Real
Madrid se distancie da liderança do campeonato, ficando com nove pontos de
desvantagem em relação ao primeiro colocado Barcelona. O Málaga segue na metade
da classificação.
![]() |
Jorge Zapata |
Posteriormente,
Athletic Bilbao e Real Sociedad protagonizaram mais um Derbi Vasco, desta vez com os dois conjuntos chegando ao duelo em
um bom momento de forma. Em San Mamés,
ambas equipas demonstraram que baseiam seu jogo em intensidade sem a bola, algo
que, somado ao habitual ritmo de um clássico com muita rivalidade, fez com que
a primeira parte tivesse pouca fluidez ofensiva. Especialmente atascado
estiveram os Rojiblancos, que não
conseguiram ativar o jogo exterior com a junção entre laterais e extremos
buscando a presença do ponta-de-lança Aritz Aduriz na área rival ao mesmo tempo
em que o médio ofensivo Iker Muniain teve pouquíssimo impacto atuando por zonas
interiores, além de que faltou precisão aos comandados de Ernesto Valverde.
Inclusive, o médio defensivo Beñat Etxebarria, uma das maiores garantias do
Athletic na temporada, não conseguiu encontrar sua influência habitual no jogo.
A Real Sociedad não chegou a realizar 45 minutos primorosos, mas ao menos
encontrou caminhos mais claros para atacar, especialmente com o extremo mexicano Carlos Vela, que esteve
muito ativo e foi o responsável pela fantástica assistência para que Jonathas
de Jesus anotasse aquele que seria o único golo do jogo. Pouco depois, o
próprio ponta-de-lança brasileiro esteve muito próximo de aumentar a vantagem
dos Donostiarras no marcador, mas
acabou desperdiçando um grande passe do veterano Xabi Prieto em mais uma desatenção
defensiva do Athletic, algo comum nas últimas semanas.
Na
segunda parte, já com Raúl García no lugar do lesionado Iñaki Williams e mesmo
com os ingressos de Borja Viguera e Ander Iturraspe, o Athletic Bilbao voltou a esbarrar na sólida defesa posicional da Real
Sociedad, completando 45 minutos de verdadeiro atasco em ataques estáticos.
Nem mesmo a presença de duas referências para jogo aéreo e direto como Aritz
Aduriz e Raúl García na área do guarda-redes Gerónimo Rulli criou problemas
reais para os Txuri-urdin, que
contaram com uma boa versão do médio defensivo Asier Illarramendi e do central
Íñigo Martínez para defender muito bem com as linhas recuadas. Enquanto isso,
as transições ofensivas da Real Sociedad tampouco estiveram realmente presentes,
o que deixou o duelo sem ritmo e com pouquíssimas coisas acontecendo sobre o
terreno de San Mamés. No final, o 0-1 se
manteve, com o conjunto de Eusebio Sacristán alcançando sua quarta vitória
consecutiva na temporada e recortando para apenas dois pontos a desvantagem em
relação ao próprio Athletic Bilbao na classificação, aproximando-se dos
lugares que dão acesso às competições europeias.
![]() |
Miguel Toña |
Na
conclusão da jornada de domingo, as duas melhores defesas do campeonato, como
são os casos de Atlético de Madrid e Villarreal, se enfrentaram no estádio
Vicente Calderón. Neste tipo de jogos, o
normal é que os sistemas defensivos terminem superando os ataques rivais,
fazendo com que poucas coisas aconteçam sobre o terreno. Foi o que aconteceu no
duelo realizado em Madrid. O que vimos durante a primeira parte foi uma
superioridade das defesas, pouca construção de futebol por parte de ambos e um
número exageradíssimo de passes longos. Certamente a ideia tanto de ambos era
que o contrário fosse quem dominasse a posse de bola, o que é (relativamente)
surpreendente tendo em vista que os Colchoneros
demonstraram várias versões associativas nos últimos meses, algo que quase
não aconteceu com o Submarino Amarillo –
a questão aqui é que o dominador da posse de bola enfrentaria uma defesa
posicional praticamente impenetrável e ofereceria a opção de transitar em campo
aberto para um ataque bastante perigoso com metros para correr –. Com este cenário, o nome mais destacado dos
45 minutos iniciais foi Filipe Luís. O lateral-esquerdo brasileiro foi o
principal recurso do Atlético para construir futebol ofensivo, colocando sua
equipa em campo rival diversas vezes a partir de conduções. Entretanto,
como dito, a defesa do Villarreal acabou impondo-se ao ataque do Atlético, algo
que fez com que o guarda-redes Alphonse Aréola quase não fosse ameaçado – ao igual
que Jan Oblak –.
Na
segunda parte, confirmando o que já havia ficado até certo ponto evidente antes
do intervalo e por conta da necessidade de vencer, a posse de bola pertenceu ao
Atlético de Madrid, algo que ganhou força com os ingressos de Óliver Torres e
Luciano Vietto, dois jogadores puramente associativos. Entretanto, acabou acontecendo o que se previa: a defesa posicional do
Villarreal, mesmo com vários suplentes, esteve impenetrável, com uma atuação
imperial dos centrais Daniele Bonera e Víctor Ruíz, além de um Alphonse Aréola
que tiranizou a grande área em cruzamentos laterais. Apenas os (escassos)
detalhes do jovem avançado argentino Ángel Correa foram realmente capazes de
colocar o XI alternativo comandado por Marcelino García Toral em apuros – o avançado francês Antoine Griezmann esteve desaparecido mais uma vez –. Além disso, quem esteve mais próximo de
conseguir o golo que certamente acabaria garantindo a vitória foi o próprio Submarino Amarillo, que contou com
várias opções para armar transições em campo aberto, especialmente a partir da
velocidade do avançado Cedric Bakambu. No final, o 0-0 se manteve, com o
Atlético mantendo a vantagem de seis pontos em relação ao próprio Villarreal,
que soma apenas três golos sofridos nas últimas 11 jornadas. O problema para o
conjunto de Diego Pablo Simeone é que a distância para o Barcelona fica em oito
unidades.
![]() |
José Antonio García Sirvent |
Nos
outros jogos do domingo, o Sevilha esteve
muito próximo de conseguir sua primeira vitória como visitante no campeonato
nesta temporada, mas os golos de Manucho e Miku (em dois cruzamentos laterais similares) durante a segunda parte
acabaram decretando o 2-2 final que
aumenta para seis a sequência de jogos invictos do conjunto de Paco Jémez na
liga. Os médios Steven N’Zonzi e Vicente Iborra haviam colocado os Sevillistas com uma vantagem de dois
golos no marcador ainda nos minutos iniciais do duelo. O empate impede que a
equipa treinada por Unai Emery recorte as distâncias em relação ao Villarreal
na luta pelo último lugar que garante acesso à Liga dos Campeões. O Rayo
Vallecano segue na linha ascendente das últimas semanas, conseguindo abrir
quatro pontos em relação aos postos de descenso. Já o Valência, após tantas semanas sem conseguir vencer no campeonato,
conseguiu seu segundo triunfo consecutivo na visita ao Granada, que somou sua
quarta derrota em sequência e segue entre os três últimos classificados. O
golo do médio Dani Parejo no início da segunda parte foi o que encaminhou a
vitória do conjunto de Gary Neville, com o jovem avançado Santi Mina aparecendo
nos últimos minutos do jogo para confirmar sua fantástica semana com mais um
golo. No final, ainda sobrou tempo para o extremo Edgar Méndez recortar as
distâncias no marcador e decretar o 1-2 definitivo. Os seis pontos conquistados
nas últimas jornadas fazem com que os Ches
alcancem 31 pontos, evitando ao menos momentaneamente a ameaça de descenso que
chegou a estar bastante presente durante a sequência de 12 jornadas sem vencer.
![]() |
Juan Carlos Hidalgo |
![]() |
Soccerway |