América supera o Santos Laguna sem
demonstrar grandes argumentos; Conjunto treinado por Ignacio Ambriz não vencia
no estádio Azteca desde novembro; Comandados de Luis Zubeldía estiveram
lamentáveis; Outro triunfo sem brilho para o Querétaro, desta vez contra um
Veracruz sem ideias e que segue sem vencer; Igualdade e poucas sensações
positivas entre Tijuana e Cruz Azul; Pachuca sobrevive à visita ao Pumas e
segue invicto; Mais uma vitória para os rivais de Monterrey; Segue o drama para
os conjuntos de Guadalajara.

Querétaro 2-1 Veracruz (Emanuel Villa 13’ pen e Luis Ricardo Esqueda 83’ | Julio César Furch 4’)
Jaguares de Chiapas 1-3 Tigres UANL
(Silvio Romero 10’ | Jesús Dueñas 39’, André-Pierre Gignac 57’ e Lucas
Zelarayán 84’)
Tijuana 1-1 Cruz Azul (Dayro
Moreno 32’ pen | Julio César
Domínguez 28’)
Club América 2-0 Santos Laguna (Oribe
Peralta 45’ e Andrés Andrade 90’+3)
Monterrey 3-0 Dorados de Sinaloa (Edwin
Cardona 16’, Rogelio Funes Mori 40’ e Aldo De Nigris 90’+1)
Puebla 4-1 Atlas (Christian
Valdez 19’, Álvaro Navarro 23’ e 37’ e Walter Kannemann 34’ ag | Juan Carlos Medina 59’)
Club León 1-2 Monarcas Morélia (Facundo
Erpen 52’ ag | Jorge Zárate 74’ e
Alejandro Gagliardi 77’)
Chivas Guadalajara 1-1 Toluca (Aarón
Galindo 50’ ag | Paulo Da Silva
45’+3)
Pumas UNAM 1-1 Pachuca (Matías
Britos 45’ | Omar González 88’)
Na
abertura da jornada, dois conjuntos que atravessam um momento negativo como
Querétaro e Veracruz se enfrentam na Corregidora no duelo que marcou a estreia
do médio defensivo argentino Nery Domínguez no futebol mexicano. Os 15 minutos iniciais do jogo foram
alucinantes, com os pontas-de-lança argentinos Julio César Furch e Emanuel
“Tito” Villa anotando um golo para cada equipa. Porém, o confronto perdeu
ritmo com o passar dos minutos, muito por conta do jogo extremamente direto dos
Tiburones Rojos, algo que resultou em
muitas pausas e bolas paradas que consumiram tempo, algo que também fez o
Querétaro passar muitos instantes defendendo em área própria. Mesmo assim,
ambos contaram com boas ocasiões para estar em vantagem no marcador – bastante
trabalho para os guarda-redes Tiago Volpi e Sergio “Matute” García –. Após
péssimas atuações, desta vez os Gallos
Brancos contaram com a presença do
veterano médio ofensivo Antonio Naelson “Sinha”, o que acrescentou um
construtor de futebol ofensivo ao XI inicial de Víctor Manuel Vucetich,
tornando menos dramática as fases de ataque estático, que nas jornadas passadas
se resumiram ao jogo exterior dos extremos. O brasileiro naturalizado mexicano,
mesmo com 39 anos, completou quatro passes que terminaram em remates durante a
primeira parte.
Na
segunda parte, com a perda de frescura física e a posterior substituição de
Antonio Naelson, o Querétaro voltou a
ser uma equipa totalmente exterior, especialmente a partir do extremo
colombiano Yerson Candelo, o que gerou cruzamentos laterais e pontapé-de-cantos
que resultaram em boas ocasiões para Emanuel “Tito” Villa e Nery Domínguez
antes que o médio Luis Ricardo Esqueda aproveitasse um corner para marcar o golo da vitória dos Gallos Brancos. Nos instantes finais, o jogo direito do Veracruz
até poderia ter resultado no empate graças ao avançado Enrique “Paleta”
Esqueda, mas os comandados de Carlos
Reinoso voltaram a demonstrar pouquíssimos méritos futebolísticos, dependendo
exclusivamente de passes longos e cruzamentos na área que cada vez são mais
facilmente defendidos pelos rivais, tanto que os Tiburones Rojos somaram a quinta jornada consecutiva sem vencer no
torneio Clausura 2016. Já o Querétaro, novamente sem ser brilhante (algo que já
havia acontecido contra o Dorados de Sinaloa), ao menos conseguiu sua segunda
vitória em cinco jogos.
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IMAGO7 |
Na
sequência, o Cruz Azul visitou a fronteira com os Estados Unidos para enfrentar
o Tijuana buscando dar sequência ao momento positivo criado por boas atuações e
a vitória contra o Jaguares de Chiapas. Mais
uma vez, a equipa de Tomás Boy voltou a demonstrar que não possui intenção de
controlar seus rivais a partir do domínio da posse de bola, passando muitos
minutos defendendo em campo próprio contra um Xolos que tampouco conta com grandes mecanismos para atacar em
posicional apesar da presença do médio brasileiro Juninho e da mobilidade do
avançado colombiano Dayro Moreno – novamente, os comandados de Miguel “Piojo”
Herrera abusaram de jogo exterior e cruzamentos laterais –. Porém, mesmo com a
presença de Joffre Guerrón e Jorge “Conejo” Benítez, a Máquina nunca conseguiu armar as transições ofensivas que tantos problemas
haviam criado para seus rivais anteriores, muito porque desta vez os roubos
aconteceram próximos ao guarda-redes José de Jesús Corona. Com este cenário, o
duelo teve pouca fluidez, com os dois golos marcados durante a primeira parte
sendo originados por um pontapé-de-canto muito mal defendido pelo Tijuana que
foi aproveitado pelo zagueiro central Julio César “Cata” Domínguez e uma grande penalidade completamente
desnecessária do lateral-direito Omar Mendoza que foi executada com perfeição
por Dayro Moreno.
Se
a primeira parte já havia transmitido poucas sensações positivas por parte de
ambas as equipas, após o intervalo a situação piorou. O Cruz Azul conseguiu mais posse de bola, mas nunca acabou por dar o
passe à frente necessário para vencer o jogo, nem mesmo com a ativação do
ponta-de-lança paraguaio Jorge Benítez e o ingresso de Víctor Vázquez. A
presença do médio ofensivo espanhol fez com que a Máquina ganhasse maior altura com o controle do esférico, mas a
desnecessária expulsão do central Juan García Sancho (minuto 76’) acabou
propiciando que o Tijuana terminasse o jogo assediando a baliza defendida por
Jesús Corona. Porém, a única vez em que os Xolos
estiveram próximos do golo aconteceu ainda em igualdade numérica, com o lateral-direito Carlos Guzmán quase
anotando outro golaço impressionante como na primeira jornada, contra o
Pachuca. No final, o 1-1 se manteve, com ambos seguindo igualados na classificação
(com seis pontos) por mais que o futebol apresentado pelo Cruz Azul nestas
primeiras jornadas do torneio Clausura 2016 tenha sido mais convincente.
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Miguel Pontón |
No
sábado, dois conjuntos que iniciaram o torneio no Clausura 2016 somando uma boa
quantidade de pontos como Club América e Santos Laguna duelaram no estádio
Azteca. Como era de se esperar conforme
o demonstrado pelas duas equipas até então, a posse de bola pertenceu as Águilas de Ignacio Ambriz, que voltaram
a demonstrar dificuldades em ataque posicional pela enésima vez. Entretanto,
a diferença de outros dias, desta vez o América ao menos cuidou da posse de
bola – com exceção de uma falha do central paraguaio Pablo Aguilar que quase
custou o golo do avançado colombiano Andrés Rentería –, evitando perdas em
zonas proibidas e terminando várias jogadas por mais que as ações finais das
mesmas fossem ruins. Isso evitou que o Santos Laguna pudesse armar transições
ofensivas após roubos com uma frequência agradável, o que limitou o conjunto de
Luis Zubeldía a defender em campo próprio durante muitos minutos. Os Guerreros estiveram sólidos em boa parte
da primeira etapa, mas, quando tudo parecia indicar que chegaríamos ao
intervalo com o nulo o marcador, o
avançado colombiano Carlos Darwin Quintero ativou-se, o América recuperou
algumas bolas em campo rival e o jogo exterior das Águilas começou a ter sentido, com uma grande jogada do
lateral-direito Paul Aguilar terminando com o golo de cabeça do ponta-de-lança
Oribe Peralta. Vale destacar que, antes da anotação do internacional mexicano,
Quintero havia desperdiçado duas ocasiões claríssimas frente ao guarda-redes
Agustín Marchesín.
Na
segunda parte, o Club América voltou a
estar em um nível medíocre, algo que não impediu que as Águilas conseguissem manter a vantagem no marcador até o apito
final, especialmente porque o futebol apresentado pelo Santos Laguna seguiu
sendo terrível, totalmente desproporcional ao demonstrado nas três vitórias
consecutivas nas semanas anteriores. Em desvantagem, os Laguneros se viram obrigados a acumular maior posse de bola, mas
faltou capacidade de construção ofensiva, ideias para atacar em estático e
desequilíbrios individuais – dois jogadores chaves como Bryan Rabello e Djaniny
Tavares estiveram totalmente desaparecidos –. Nem mesmo as bolas paradas do Santos acabaram por ameaçar o triunfo do
América, que surpreendentemente só conseguiu transitar em busca do segundo golo
nos instantes finais, quando o argentino Rubens Sambueza serviu o 2-0 para
o colombiano Andrés “Rifle” Andrade. A vitória fez com que o conjunto de
Ignacio Ambriz some 10 pontos após cinco jornadas, voltando a vencer em seu
estádio após três duelos e ultrapassando o próprio Santos Laguna na
classificação.
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MEXSPORT |
No
domingo, na conclusão da jornada, uma das melhores equipas do Clausura 2016
como o Pachuca visitou a capital mexicana para enfrentar o vice-campeão do
Apertura 2015, o Pumas UNAM. Durante a
primeira parte, a verticalidade do conjunto dirigido por Memo Vázquez foi o que
pautou o duelo. Como diz a regra do
futebol, quanto mais rápido uma bola vai, mais rápido ela volta. Desta
maneira, os primeiros 45 minutos no estádio Olímpico Universitario estiveram
marcados pelo grande número de transições ofensivas, com os dois ataques
encontrando espaços para correr em campo aberto e as duas balizas sendo
ameaçadas com certa constância (muito equilíbrio). O médio Javier Cortés e o
extremo Luis Quiñones estiveram muito ativo pelos locais, enquanto o médio
Rodolfo Pizarro e o ponta-de-lança Franco Jara fizeram o próprio pelos
visitantes. Entretanto, quem realmente
marcou as diferenças entre as equipas antes do intervalo foi o extremo
argentino Ismael Víctor Sosa, que começou o duelo desaparecido, foi ativando-se
com o passar dos minutos e acabou acertando o poste da baliza defendida
pelo veterano guarda-redes Oscar “Conejo” Pérez em uma grande jogada individual
antes de sofrer uma infração na entrada da área do Pachuca que resultaria no
primeiro golo do jogo, marcado pelo médio ofensivo Matías Britos na sequência
de uma grande execução do livre por parte de Javier Cortés.
Em
desvantagem no marcador, esperava-se que
o Pachuca passasse a controlar a posse de bola na segunda parte, algo que não
aconteceu nos minutos iniciais, com o jogo mantendo as fases de constante
ida-e-volta que, por outro lado, desta vez foram dominadas pelos Tuzos, que estiveram muito próximos de
conseguir o empate graças ao talento individual dos jovens Rodolfo Pizarro,
Erick Gutiérrez e Hirving Lozano (acabou faltando maior acerto no remate).
Enquanto isso, o Pumas UNAM nunca voltou a criar perigo à baliza defendida por “Conejo”
Pérez, com Ismael Sosa desaparecido novamente e o internacional equatoriano
Fidel Martínez sem causar impacto no jogo. Com o duelo perdendo ritmo à medida
que o tempo passava, algo normal considerando o horário (meio-dia local) e a
altitude da Cidade do México, os 20 minutos finais foram controlados pelo Pumas
a partir de uma sólida defesa posicional e capacidade de perder tempo com o controle do esférico, com o Pachuca acusando o
desgaste proporcionado pelas condições adversas que todos os visitantes da
Ciudad Universitaria enfrentam. Entretanto,
quando tudo parecia indicar que o último invicto do torneio Clausura 2016 seria
derrotado, o zagueiro central Omar González aproveitou um livre lateral executado
por Erick Gutiérrez para decretar o 1-1 final. O golo do internacional
estadunidense, que esteve imperial no jogo aéreo durante os 90 minutos, fez com
que o Pachuca termine a jornada na segunda colocação com 11 pontos, enquanto o
Pumas soma apenas cinco unidades.
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IMAGO7 |
Nos
outros jogos da jornada, destaque para a
quarta vitória do líder Monterrey, que recuperou-se do revés sofrido frente ao
Pachuca com um contundente 3-0 sobre o Dorados de Sinaloa, que está cada
vez mais destinado ao descenso (cinco derrotas em cinco jornadas ainda sem
anotar um golo). O médio Edwin Cardona encaminhou o triunfo do Rayados com um golaço impressionante e
uma bola ao poste que resultou na anotação de Rogelio Funes Mori, que já soma
quatro golos no Clausura 2016. Nos
minutos finais, o ponta-de-lança Aldo De Nigris decretou o marcador final com o
primeiro golo do Monterrey no torneio que não foi anotado por Cardona, Funes
Mori ou Carlos “Pato” Sánchez. Quem
também venceu novamente e já ocupa a terceira colocação na classificação é o
Tigres UANL, que conseguiu uma reviravolta contra o Jaguares de Chiapas na
sexta-feira. O ponta-de-lança argentino Silvio Romero até colocou o
conjunto de Ricardo La Volpe em vantagem após uma grande combinação com o
colombiano Avilés Hurtado, mas os Universitarios
reagiram com grandes golos de Jesús Dueñas, André-Pierre Gignac e Lucas
Zelarayán. O conjunto de Ricardo “Tuca” Ferretti ainda terminou o duelo com
dois jogadores a mais sobre o terreno do estádio Cuauhtémoc por conta das
expulsões de Francisco “Gato” Silva e Luis Gerardo Venegas.
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MEXSPORT |
Após iniciar o torneio com três
vitórias consecutivas, o Club León foi derrotado pela segunda semana
consecutiva, desta vez pelo Monarcas Morélia, que somou seu segundo triunfo
consecutivo. Um auto-golo do central Facundo Erpen
até colocou a Fiera em vantagem, mas
as anotações (quase acidentais) de Jorge Zárate e Alejandro Gagliardi impuseram
a derrota para o León na estreia do treinador Luis Fernando Tena. Quem segue sem vencer no Clausura 2016 é o
Chivas Guadalajara de Matías Almeyda, que mais uma vez foi incapaz de conseguir
os três pontos mesmo jogando em superioridade numérica durante toda a segunda
parte por conta da expulsão do internacional paraguaio Richard Ortiz.
Inclusive, o também guaraní Paulo Da
Silva chegou a colocar o Toluca em vantagem ao aproveitar uma bola parada mal
defendida e com contribuição do guarda-redes suplente Rodolfo Cota, mas um
auto-golo de Aarón Galindo decretou o 1-1 final. Vale destacar que o Toluca,
tanto em igualdade numérica como em inferioridade, sempre esteve muito próximo
de marcar – os avançados Fernando Uribe e Enrique Triverio atiraram ao poste,
por exemplo –. Assim como o Chivas, o
outro conjunto de Guadalajara também vive momentos difíceis. No sábado, o Atlas
foi goleado pela equipa reserva do Puebla, que descansou seus titulares
pensando na fase prévia da Copa Libertadores da América contra o Racing Club.
Após o médio Christian “Recodo” Valdez colocar a Franja em vantagem, o ponta-de-lança argentino Álvaro Navarro
apareceu para marcar duas vezes (seus primeiros golos no futebol mexicano) e
forçar um auto-golo do central Walter Kannemann que decretou a goleada ainda na
primeira parte. Após o intervalo, o internacional mexicano Juan Carlos “Negro”
Medina até recortou as distâncias com um golaço, mas os Rojinegros nunca estiveram próximos de conquistar a vitória, tendo
somado apenas um ponto nas últimas quatro jornadas.
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MEXSPORT |
PD +
Após
cinco jornadas, os rivais de Monterrey ocupam duas das três primeiras
colocações da classificação. Rayados
e Tigres UANL possuem os dois planteis mais caros do futebol mexicano e estão
demonstrando sua superioridade em campo. Atualmente, são os dois principais
candidatos ao título do Clausura 2016. Menção honrosa para o lateral-direito
Israel Jiménez, que está espetacular nos últimos jogos e contra o Jaguares de
Chiapas completou uma jogada interior inacreditável no primeiro golo dos Felinos, marcado pelo médio Jesús
Dueñas.
PD –
Apesar
de que certamente merecia um resultado melhor em alguns jogos, o torneio Clausura
2016 do Chivas Guadalajara está deixando muito a desejar. As expectativas são
altas e os reforços contratados exigem resultados positivos. Uma nova ausência
na Liguilla certamente significaria o fim da passagem do argentino Matías
Almeyda pelo Rebaño Sagrado.
CLASSIFICAÇÃO
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MELHORES MARCADORES
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PRÓXIMA JORNADA (6ª)
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