Empate no Parc des Princes dá alento aos citizens; PSG quase sempre por cima no jogo, não conseguiu jogo ofensivo suficiente, e leva um resultado perigoso para Manchester; Ibrahimovic, com um penalti falhado, foi uma das desilusões da noite; Jogo enorme de Fernandinho, a segurar quase por si só o meio-campo do City; David Luiz e Matuidi, baixas de vulto para a segunda mão.

Confronto milionário entre PSG e City, duas das potências em crescimento nos últimos anos do futebol europeu. Os citizens pela primeira vez a alcançar esta fase da Liga dos Campeões, uma competição onde apostam forte, com o título inglês a começar a tornar-se uma miragem, e onde Pellegrini procura a glória, antes da chegada de Guardiola ao comando do clube. Algumas lesões impediram que utilizasse o seu onze de gala (com Kompany, Touré e Sterling à cabeça), a optar por um esquema de 4x2x3x1, com De Bruyne, a regressar de lesão, como médio mais criativo. Do lado dos parisienses, a grande novidade vai para a titularidade de Aurier, afastado da equipa há quase dois meses, depois de um escândalo que rebentou nas redes sociais, em que o costa-marfinense tem palavras menos simpáticas para com o técnico Laurent Blanc.
A turma de Manchester entrou com muita vontade no jogo, e logo aos 15 segundos a pressão começou na defesa do PSG, com David Luiz a ver um amarelo que o retira do jogo da 2ª mão, depois de uma falta já perto da área sobre Agüero. A equipa de Blanc tentava reagir, e teve uma oportunidade soberana de se adiantar no marcador, logo aos 14 minutos, quando Sagna derruba David Luiz dentro da área. Penalti que deixou algumas dúvidas, mas que Ibrahimovic acabou por desperdiçar. A pressão dos parisienses ia aumentando, com Di Maria a pegar nas rédeas da equipa, tentando penetrar no último terço com algum perigo, mas a estrutura defensiva do City ia aguentado as investidas. E os ingleses acabaram mesmo por ser mais práticos, e numa rápida transição, iniciada por Fernandinho, Kevin de Bruyne colocou os citizens em vantagem. Muitas responsabilidades para a forma como David Luiz deixa escapar o fantasista belga. Quase de imediato, surgiu o golo do empate por parte do PSG. Um lance no mínimo caricato, com Joe Hart a dar indicações a Fernando para colocar a bola sobre o lado direito, mas o brasileiro a permitir que Ibrahimovic o presionasse, e com um feliz ressalto, colocasse a bola dentro da baliza. Tudo empatado ao intervalo, num jogo morno, e com o resultado a parecer mais interessante para os ingleses.
No segundo tempo a atitude do PSG mudou drasticamente, a assumir completamente o jogo e a criar imensos problemas à defensiva do City. Cavani apareceu muito mais solto e disponível na frente, e Angelito continuava a causar dores de cabeça a Clichy e Otamendi. Ainda antes da hora de jogo, a equipa da casa passou para a frente do marcador. Canto do lado esquerdo cobrado por Di Maria, um toque de Cavani para defesa incompleta de Hart, e Rabiot a aproveitar a deixa, para fazer o 2-1 no Parc des Princes. Justiça no resultado, dada a excelente entrada na segunda parte. O PSG ficou mais confortável no jogo, trocando a bola, e dominando em todos os sectores, mas acabou por não criar oportunidades suficientes para voltar a causar o pânico junto da baliza adversária. O City, pela calada, e sem ter grandes chances durante todo o jogo, chega ao empate, com muita felicidade para Fernandinho, na hora do remate final, com a bola a embater em Thiago Silva e Aurier, antes de entrar na baliza de Kevin Trapp. A igualdade bloqueou por completo a equipa de Laurent Blanc, que não mais voltou a ter uma situação de golo. O resultado acaba por ser muito interessante na perspectiva dos pupilos de Pellegrini, que levam assim a eliminatória para o Etihad, com grandes possibilidades de alcançar as meias-finais da Liga dos Campeões, o que seria mais um feito incrível na história do clube.
DESTAQUES
A equipa de Laurent Blanc tinha aqui uma soberana oportunidade para levar um bom resultado para a segunda mão, e a certa altura da segunda parte isto parecia uma realidade perto de alcançar. A verdade é que os erros defensivos e o desperdício em alguns momentos acabaram por sacrificar essas aspirações. A titularidade de Aurier não teve grandes efeitos práticos, com o lateral direito a revelar pouca lucidez nas suas acções, e a ter um envolvimento pouco prático ofensivamente. Di Maria teve alguns momentos positivos no jogo, pelo menos até ao golo que deu vantagem ao PSG, mas a partir daí caiu abruptamente, e em termos defensivos não conseguiu dar o equilíbrio necessário. David Luiz e Matuidi foram duas das grandes desilusões do jogo, e ambos vão falhar a partida do Etihad. O brasileiro ficou desde logo condicionado com um cartão amarelo no primeiro minuto, e esteve directamente ligado ao golo de De Bruyne, enquanto que o médio francês teve um jogo para esquecer, muito ineficaz, quase nunca conseguiu dar profundidade ao lado esquerdo, e mesmo em momentos interiores, não esteve à altura do desafio. Ibrahimovic acabou por estar no melhor e no pior, a marcar o golo após uma excelente pressão sobre Fernando, mas a falhar uma grande penalidade ainda na primeira parte.
Do lado dos citizens, Pellegrini pode sorrir, pois o resultado é positivo, e pode abrir caminho para que a equipa alcance as meias-finais da prova. E muito pode agradecer a Fernandinho, que rubricou uma exibição gigante, a encher por completo o meio-campo, e a servir de pronto-socorro, não só defensivamente aos maus posicionamentos de Fernando (extremamente mal no lance do primeiro golo do PSG), mas acabou por decidir o jogo com o golo do empate. Uma época muito positiva do médio brasileiro, que também contribuiu para o primeiro golo, fazendo a assistência para De Bruyne, que regressado de lesão, voltou a marcar, depois do golo frente ao Bournemouth. Também Joe Hart foi determinante, ao defender o penalti de Ibrahimovic, e ainda com duas intervenções dignas de registo, a remates de Rabiot e Cavani. Clichy teve um jogo de altos e baixos, e mesmo com o cartão amarelo visto muito cedo, teve uma prestação positiva, travando várias vezes as investidas de Aurier e Di Maria. A dupla de centrais teve alguns problemas, principalmente na primeira parte, mas acabou por não comprometer.
Homem do Jogo para o PD: Fernandinho (Manchester City)
No segundo tempo a atitude do PSG mudou drasticamente, a assumir completamente o jogo e a criar imensos problemas à defensiva do City. Cavani apareceu muito mais solto e disponível na frente, e Angelito continuava a causar dores de cabeça a Clichy e Otamendi. Ainda antes da hora de jogo, a equipa da casa passou para a frente do marcador. Canto do lado esquerdo cobrado por Di Maria, um toque de Cavani para defesa incompleta de Hart, e Rabiot a aproveitar a deixa, para fazer o 2-1 no Parc des Princes. Justiça no resultado, dada a excelente entrada na segunda parte. O PSG ficou mais confortável no jogo, trocando a bola, e dominando em todos os sectores, mas acabou por não criar oportunidades suficientes para voltar a causar o pânico junto da baliza adversária. O City, pela calada, e sem ter grandes chances durante todo o jogo, chega ao empate, com muita felicidade para Fernandinho, na hora do remate final, com a bola a embater em Thiago Silva e Aurier, antes de entrar na baliza de Kevin Trapp. A igualdade bloqueou por completo a equipa de Laurent Blanc, que não mais voltou a ter uma situação de golo. O resultado acaba por ser muito interessante na perspectiva dos pupilos de Pellegrini, que levam assim a eliminatória para o Etihad, com grandes possibilidades de alcançar as meias-finais da Liga dos Campeões, o que seria mais um feito incrível na história do clube.
DESTAQUES
A equipa de Laurent Blanc tinha aqui uma soberana oportunidade para levar um bom resultado para a segunda mão, e a certa altura da segunda parte isto parecia uma realidade perto de alcançar. A verdade é que os erros defensivos e o desperdício em alguns momentos acabaram por sacrificar essas aspirações. A titularidade de Aurier não teve grandes efeitos práticos, com o lateral direito a revelar pouca lucidez nas suas acções, e a ter um envolvimento pouco prático ofensivamente. Di Maria teve alguns momentos positivos no jogo, pelo menos até ao golo que deu vantagem ao PSG, mas a partir daí caiu abruptamente, e em termos defensivos não conseguiu dar o equilíbrio necessário. David Luiz e Matuidi foram duas das grandes desilusões do jogo, e ambos vão falhar a partida do Etihad. O brasileiro ficou desde logo condicionado com um cartão amarelo no primeiro minuto, e esteve directamente ligado ao golo de De Bruyne, enquanto que o médio francês teve um jogo para esquecer, muito ineficaz, quase nunca conseguiu dar profundidade ao lado esquerdo, e mesmo em momentos interiores, não esteve à altura do desafio. Ibrahimovic acabou por estar no melhor e no pior, a marcar o golo após uma excelente pressão sobre Fernando, mas a falhar uma grande penalidade ainda na primeira parte.
Do lado dos citizens, Pellegrini pode sorrir, pois o resultado é positivo, e pode abrir caminho para que a equipa alcance as meias-finais da prova. E muito pode agradecer a Fernandinho, que rubricou uma exibição gigante, a encher por completo o meio-campo, e a servir de pronto-socorro, não só defensivamente aos maus posicionamentos de Fernando (extremamente mal no lance do primeiro golo do PSG), mas acabou por decidir o jogo com o golo do empate. Uma época muito positiva do médio brasileiro, que também contribuiu para o primeiro golo, fazendo a assistência para De Bruyne, que regressado de lesão, voltou a marcar, depois do golo frente ao Bournemouth. Também Joe Hart foi determinante, ao defender o penalti de Ibrahimovic, e ainda com duas intervenções dignas de registo, a remates de Rabiot e Cavani. Clichy teve um jogo de altos e baixos, e mesmo com o cartão amarelo visto muito cedo, teve uma prestação positiva, travando várias vezes as investidas de Aurier e Di Maria. A dupla de centrais teve alguns problemas, principalmente na primeira parte, mas acabou por não comprometer.
Homem do Jogo para o PD: Fernandinho (Manchester City)
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