Segunda derrota consecutiva do FC Porto no campeonato; Muita produção ofensiva, mas má definição dos lances e pouca lucidez no último terço custaram mais três pontos aos dragões; Paços apareceu pouco, mas Diogo Jota voltou a fazer a diferença; Defendi segurou a vitória pacense.
Uma deslocação à "capital do móvel" é sempre complicada. Especialmente, quando acontece após um desaire caseiro contra o último classificado da tabela, que abriu ainda mais as feridas existentes no dragão. Durante esta última semana, Pinto da Costa assumiu parte da culpa pelo actual momento do FC Porto e vincou que os próximos jogos serviriam essencialmente para que os jogadores que compõe o plantel pudessem mostrar serviço, antes do mercado de verão e das definições para a próxima época. Peseiro concordou, mas quer alcançar bons resultados na Liga e vencer a Taça de Portugal, de modo a "salvar" o pouco que resta da temporada. Perante este cenário, o treinador azul e branco deixou Aboubakar de fora da convocatória para o encontro frente ao Paços e chamou Suk à titularidade. Por outro lado, Varela rendeu Brahimi no onze inicial, face às últimas exibições do argelino.
O FC Porto entrou melhor no encontro, com mais bola e objectividade. Os castores procuravam pressionar alto na saída de bola portista, mas deixavam muito espaço entre-linhas, que o FC Porto (apesar de sair bem da pressão) nem sempre conseguiu aproveitar da melhor forma. De facto, não se pode dizer que tenha havido quaisquer oportunidades de golo dignas de registo durante todo o primeiro tempo. A definição dos lances no último terço do terreno deixava muito a desejar. Só Sérgio Oliveira ia dando alguma criatividade aos dragões. De resto, só mesmo através dos remates de longa distância o FC Porto ia manifestando alguma vontade de mudar o marcador. Já do lado pacense, a produtividade ofensiva era praticamente nula. Jogo fraco e com pouco interesse, durante a 1ª parte.
Para a segunda metade, Peseiro resolveu mexer e tirou Corona e colocou Brahimi. A equipa melhorou muito. O internacional argelino actuou mais por dentro e garantiu a superioridade no meio-campo, abrindo espaço para Layún entrar pela esquerda. Herrera também beneficiou da alteração e ganhou mais liberdade. No espaço de pouco tempo, Chidozie, Sérgio Oliveira, Maxi e Brahimi estiveram perto do golo. A partir daí o Paços voltou a crescer. À mexida de Peseiro, Jorge Simão respondeu com as entradas de Edson Farías e Cícero, ganhando capacidade atlética e presença ofensiva. Mas a formação da "capital do móvel" voltou a ser encostada pelo FC Porto à sua área, numa das melhores fases da turma azul e branca no encontro. Sérgio Oliveira voltou a estar perto do golo de meia distância, aos 71', mas Defendi afastou de novo o perigo. Pouco depois, foi o árbitro Fábio Veríssimo que esteve em destaque, mas pelas piores razões. Primeiro, por não ter assinalado grande penalidade por falta de Baixinho sobre Suk. Na sequência do lance, por um braço de Chidozie na cara de Cícero em que o jovem nigeriano não viu qualquer sanção disciplinar. Peseiro protegeu o central e tirou-o, colocando André Silva em jogo. O efeito não foi o desejado e aos 80', foi o Paços que inaugurou o marcador. Jogada de Nuno Santos pela direita que cruza para Diogo Jota. O jovem português rematou em queda, a bola desviou em Martins Indi e não deu hipóteses a Casillas. Na resposta, Herrera tirou um grande cruzamento para André Silva, que ainda desviou. Porém, Defendi com categoria e negou o empate ao FC Porto. A situação repetiu-se no último lance do jogo, com Varela a cruzar para Suk, que cabeceou ao ângulo mas Defendi protagonizou a defesa da noite e segurou os três pontos para a equipa dos castores. A vitória do Paços está longe de ser justa, mas vem confirmar o momento terrível que este FC Porto atravessa.
O FC Porto entrou melhor no encontro, com mais bola e objectividade. Os castores procuravam pressionar alto na saída de bola portista, mas deixavam muito espaço entre-linhas, que o FC Porto (apesar de sair bem da pressão) nem sempre conseguiu aproveitar da melhor forma. De facto, não se pode dizer que tenha havido quaisquer oportunidades de golo dignas de registo durante todo o primeiro tempo. A definição dos lances no último terço do terreno deixava muito a desejar. Só Sérgio Oliveira ia dando alguma criatividade aos dragões. De resto, só mesmo através dos remates de longa distância o FC Porto ia manifestando alguma vontade de mudar o marcador. Já do lado pacense, a produtividade ofensiva era praticamente nula. Jogo fraco e com pouco interesse, durante a 1ª parte.
Para a segunda metade, Peseiro resolveu mexer e tirou Corona e colocou Brahimi. A equipa melhorou muito. O internacional argelino actuou mais por dentro e garantiu a superioridade no meio-campo, abrindo espaço para Layún entrar pela esquerda. Herrera também beneficiou da alteração e ganhou mais liberdade. No espaço de pouco tempo, Chidozie, Sérgio Oliveira, Maxi e Brahimi estiveram perto do golo. A partir daí o Paços voltou a crescer. À mexida de Peseiro, Jorge Simão respondeu com as entradas de Edson Farías e Cícero, ganhando capacidade atlética e presença ofensiva. Mas a formação da "capital do móvel" voltou a ser encostada pelo FC Porto à sua área, numa das melhores fases da turma azul e branca no encontro. Sérgio Oliveira voltou a estar perto do golo de meia distância, aos 71', mas Defendi afastou de novo o perigo. Pouco depois, foi o árbitro Fábio Veríssimo que esteve em destaque, mas pelas piores razões. Primeiro, por não ter assinalado grande penalidade por falta de Baixinho sobre Suk. Na sequência do lance, por um braço de Chidozie na cara de Cícero em que o jovem nigeriano não viu qualquer sanção disciplinar. Peseiro protegeu o central e tirou-o, colocando André Silva em jogo. O efeito não foi o desejado e aos 80', foi o Paços que inaugurou o marcador. Jogada de Nuno Santos pela direita que cruza para Diogo Jota. O jovem português rematou em queda, a bola desviou em Martins Indi e não deu hipóteses a Casillas. Na resposta, Herrera tirou um grande cruzamento para André Silva, que ainda desviou. Porém, Defendi com categoria e negou o empate ao FC Porto. A situação repetiu-se no último lance do jogo, com Varela a cruzar para Suk, que cabeceou ao ângulo mas Defendi protagonizou a defesa da noite e segurou os três pontos para a equipa dos castores. A vitória do Paços está longe de ser justa, mas vem confirmar o momento terrível que este FC Porto atravessa.
FC PORTO
Casillas: Muito pouco trabalho e um golo sofrido ingrato, face àquilo que foi a noite do espanhol.
Maxi: Muita presença ofensiva a tentar combinar com os companheiros, mas nunca conseguiu dar o melhor final aos lances que desenhou.
Chidozie: Tirando um lance em que não mediu bem um atraso para Casillas e que fez pele de galinha aos adeptos portistas, esteve bem a controlar os avançados pacenses. Saiu a 15 minutos do final, após um lance em que podia ter visto o cartão.
Chidozie: Tirando um lance em que não mediu bem um atraso para Casillas e que fez pele de galinha aos adeptos portistas, esteve bem a controlar os avançados pacenses. Saiu a 15 minutos do final, após um lance em que podia ter visto o cartão.
Indi: Desviou a bola do alcance de Casillas de forma azarada, no golo do Paços. De resto, teve uma actuação praticamente irrepreensível.
Layún: Nas últimas partidas tem perdido influência na produtividade ofensiva da equipa e hoje voltou a verificar-se esse facto. Teve menor acerto nos cruzamentos e acusou cansaço.
Danilo: Exibição ao nível habitual, com várias recuperações de bola e a sair a jogar com qualidade.
Sérgio Oliveira: Um dos melhores da equipa, ou pelo menos o que mais tentou inverter o rumo dos acontecimentos, com vários remates à baliza de Defendi. Ligado ao golo do Paços, uma vez que deixou fugir o lateral Nuno Santos.
Herrera: Bem nos movimentos de ruptura nas costas da defesa, mas acabou por ser pouco lesto a decidir no último terço do terreno.
Sérgio Oliveira: Um dos melhores da equipa, ou pelo menos o que mais tentou inverter o rumo dos acontecimentos, com vários remates à baliza de Defendi. Ligado ao golo do Paços, uma vez que deixou fugir o lateral Nuno Santos.
Herrera: Bem nos movimentos de ruptura nas costas da defesa, mas acabou por ser pouco lesto a decidir no último terço do terreno.
Varela: Mostrou muito pouco, para quem pretende voltar a agarrar a titularidade. Não conseguiu desequilibrar.
Corona: Pouca intensidade e capacidade de mudar o jogo. Acabou por ser substituído por Brahimi ao intervalo.
Suk: Correu muito, mas quase sempre mal. Uma única oportunidade de golo, no último lance do encontro.
Brahimi: Mudou, para melhor, a dinâmica ofensiva, mas a equipa não respeitou a inspiração do argelino.
André Silva: Quinze minutos em campo e quase conseguiu o golo do empate. Bem mais do que Suk em noventa minutos.
José Ángel: Sem influência no pouco tempo em campo.
José Peseiro: Depois de uma semana difícil para o FC Porto, a equipa entrou bem e teve bons momentos de hoje, mas os problemas já são crónicos. Mesmo sem o Paços ter feito muito para conquistar a vitória, teve mais sorte, coisa que também tem faltado a este Porto, para além da confiança. A aposta em Varela saiu furada e Brahimi veio reequilibrar a equipa ofensivamente. Porém, a Lei de Murphy continua a imperar no reino do dragão e a situação não parece querer mudar. Segunda derrota consecutiva para uma equipa que apresenta muitas dificuldades em sair do abismo onde se encontra.
Paços de Ferreira: A turma de Jorge Simão apareceu apenas a espaços e nem sempre conseguiu controlar da melhor forma as investidas atacantes do adversário. Teve, porém, a sorte do jogo e numa fase em que até era o FC Porto que estava por cima, conseguiu alcançar o golo da vitória pelo irreverente Diogo Jota. Não foi a melhor das exibições do Paços esta temporada, mas o que fica para a história do campeonato é esta vitória, inegavelmente muito saborosa para os castores.