Brutal atuação do
avançado galês na reviravolta do Real Madrid contra o Rayo Vallecano; O
conjunto de Paco Jémez havia sido amplamente superior na meia hora inicial; O
caos e a precipitação da equipa de Zidane foram alarmantes; Ángel Correa
desatascou mais um jogo para o Atlético de Madrid; O Málaga de Javi Gracia
voltou a criar muitos problemas para os Colchoneros;
Outra goleada do Barcelona, que segue transmitindo sensações negativas;
Igualdade entre Eibar e Deportivo.

Las Palmas 4-0 Espanyol
(Nabil El Zhar 45’+1, Jonathan Viera 49’, Pedro Bigas 56’ e Mubarak Wakaso 75’)
Sábado:
Rayo Vallecano 2-3 Real Madrid
(Adrián Embarba 7’ e Miku 14’ | Gareth Bale 35’ e 81’ e Lucas Vázquez 52’)
Atlético de Madrid 1-0 Málaga (Ángel
Correa 62’)
Barcelona 6-0 Sporting Gijón (Lionel
Messi 12’, Luis Suárez 63’, 74’ pen,
77’ pen e 88’ e Neymar 86’ pen)
Eibar 1-1 Deportivo Da Corunha (Adrián
González 8’ | Fede Cartabia 71’)
Domingo:
Levante - Athletic Bilbao (11h)
Sevilha - Real Bétis (15h)
Getafe - Valência (17h15)
Villarreal - Real Sociedad (19h30)
Segunda-feira:
Celta de Vigo - Granada (19h30)
Na
abertura da jornada de sábado, o Real Madrid buscou conquistar sua nona vitória
consecutiva no campeonato nacional ao visitar um Rayo Vallecano que necessitava
o triunfo para dar mais um passo rumo ao objetivo de manter-se na elite do
futebol espanhol por mais uma temporada. Como
era de se esperar, a postura inicial dos comandados de Paco Jémez foi muito
agressiva, com a equipa local buscando pressionar em campo rival e elaborar
seus ataques desde a base. Este plano de jogo acabou significando um
convite para que o conjunto treinado por Zinedine Zidane se precipitasse, sendo
que os Blancos estão acostumados a
aceitar este tipo de chamadas mesmo que elas terminem sendo amplamente
prejudiciais (impedem que a equipa controle os jogos e faz com que os ataques
sejam menos elaborados). Ademais, como cada pressão em campo rival do Rayo
acabava fazendo com que a bola chegasse ao guarda-redes Keylor Navas, que não
cumpre no jogo com os pés e entregava o controle do esférico aos adversários,
os primeiros 30 minutos foram de total superioridade dos locais, que contaram
com o médio defensivo Roberto Trashorras imperial no meio-campo, o extremo-esquerdo
português Tiago Bebé massacrando o lateral-direito Danilo (mais uma vez foi uma
debilidade defensiva evidente), o extremo-direito Adrián Embarba muito presente
nas tramas ofensivas e ainda realizaram um bom trabalho defensivo em duelos
individuais – algo que possibilitou que a equipa recuasse as linhas após o 2-0,
por exemplo –. Com dois golos de
desvantagem, o Real Madrid conseguiu apresentar uma pequena reação por pura
insistência, contando com o avançado galês Gareth Bale ao comando da equipa e
aproveitando que o nível físico do Rayo Vallecano já não era o mesmo. Desta
forma, os Merengues recortaram as
distâncias no marcador ainda antes do intervalo graças a um grande remate de
Bale na sequência de um pontapé-de-canto.
Na segunda parte, o Real Madrid
seguiu sendo uma equipa precipitada, sem pausa, com pouca elaboração, sem
ideias e extremamente vertical. Ainda assim, a
qualidade individual de seus jogadores foi suficiente para que o conjunto
treinado por Zinedine Zidane chegasse ao empate em um cruzamento lateral do
lateral-direito brasileiro Danilo que foi rematado pelo extremo-esquerdo Lucas
Vázquez e ainda desperdiçasse algumas boas ocasiões de decretar a reviravolta
no marcador. Porém, o caos tático dos Blancos,
que durante alguns minutos foi simplesmente alucinante, também aproximou muito
o Rayo Vallecano de seu terceiro golo, especialmente graças a um espetacular
Roberto Trashorras no meio-campo. Quando as equipas mais trocavam golpes e
transições de maneira desesperadora, com os comandados de Paco Jémez voltando a
seu estilo mais habitual, um passe equivocado do extremo-direito Adrián Embarba
em campo próprio acabou oferecendo a oportunidade para que Gareth Bale
completasse sua atuação espetacular com o golo da vitória do Real Madrid. Na ausência do português Cristiano Ronaldo,
foi o extremo galês quem assumiu as responsabilidades goleadoras dos Merengues, além de que Bale sempre foi
um dos poucos (juntamente com os médios Toni Kroos e Isco) a entender que a
equipa precisava de pausa e elaboração ao invés de verticalidade e jogo direto.
Nos instantes finais, ainda sobrou tempo para que o Rayo Vallecano estivesse
muito próximo de igualar o duelo outra vez, mas o Real Madrid conseguiu
conservar a vitória que o mantém vivo na briga pelo título. Com 35 pontos, o
Rayo Vallecano segue na luta contra o descenso e acaba desperdiçando uma grande
oportunidade de dar um passo gigantesco rumo à continuidade na elite do futebol
espanhol.
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José Antonio García Sirvent |
Logo
na sequência, o Atlético de Madrid recebeu a visita de um Málaga sem aspirações
e somando quatro jornadas sem vitória com o desejo de somar os três pontos pelo
quinto jogo consecutivo na liga para continuar na disputa pelo título nacional
com Real Madrid e Barcelona. Em um duelo
entre equipas similares e que priorizam os trabalhos defensivos, a primeira
parte teve pouquíssima continuidade e fluidez, como era de se esperar.
Durante os 45 minutos iniciais, tanto os comandados de Diego Pablo “Cholo”
Simeone como o conjunto treinado por Javi Gracia estiveram sólidos nos
trabalhos de pressão no meio-campo e defesa posicional, com um obrigando o
outro a buscar sempre passes longos, o que acabou gerando um duelo para ver
quem controlava as segundas jogadas. Durante
uma fase inicial do duelo, estas pertenceram ao Málaga. Já na reta final antes
do intervalo, o domínio foi do Atlético. Porém, no final das contas, ambos
pareceram incapazes de desbordar o sistema defensivo rival, com os dois
extremos-esquerdos – o belga Yannick Ferreira-Carrasco no lado Colchonero e o português Ricardo Horta
nos Blanquiazules –, que eram os
principais responsáveis pelos desequilíbrios individuais nos dois conjuntos,
conseguindo criar poucos problemas para as defesas rivais e quase não aparecendo.
Na
segunda parte, a história seguiu mais ou menos igual no estádio Vicente
Calderón. Tanto que as duas primeiras substituições do jogo estiveram
relacionadas com as saídas de Yannick Ferreira-Carrasco e Ricardo Horta, que
não haviam conseguido cumprir seus papeis. Desta
forma, o ingresso ao terreno de Ángel Correa acabou sendo decisivo, com o jovem
avançado argentino marcando aquele que seria o único golo do jogo em um remate
de média distância contando com a ajuda de um desvio no central Raúl Albentosa.
Ademais, posteriormente ao 1-0, os principais acontecimentos do jogo
aconteceram no campo de ataque do Atlético de Madrid, com Ángel Correa voltando
a ser a figura central – esteve muito próximo de anotar novamente em duas
oportunidades –. Apesar disto, como sua desvantagem no marcador seguiu sendo de
apenas um golo, o Málaga continuou acreditando no empate até os instantes
finais, conseguindo ameaçar o guarda-redes esloveno Jan Oblak em algumas
ocasiões graças aos ingressos dos sul-americanos Gonzalo “Chory” Castro, Juanpi
Añor e Roque Santa Cruz. Porém, o Atlético
resistiu, conquistando mais uma vitória para seguir com esperanças de repetir a
façanha da temporada 2013-14. Com 42
pontos, o Málaga continua na zona média da classificação.
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Juan Medina (Reuters) |
Nos outros jogos do sábado, o líder
Barcelona alcançou outra goleada mesmo voltando a transmitir sensações negativas
durante grande parte do duelo contra o Sporting Gijón. Durante
as fases de duvida da equipa treinada por Luis Enrique Martínez, o craque
argentino Lionel Messi voltou a resgatar os Blaugranas,
sendo que o ponta-de-lança uruguaio Luis Suárez apareceu durante a segunda
parte para marcar quatro golos e acabar com as esperanças dos comandados de
Abelardo Fernández, que sofreram três grandes penalidades durante os 45 minutos
finais no estádio Camp Nou. O triunfo mantém o Barcelona na liderança do
campeonato. Já o Sporting, que desta vez não contou com seu principal jogador,
o extremo-esquerdo Jony Rodríguez, continua entre os três últimos colocados da
classificação. No último jogo do dia,
Eibar e Deportivo Da Corunha não passaram de um empate em Ipurúa. Contando
com a sorte, o médio Adrián González até colocou o conjunto treinado por José
Luis Mendilibar em vantagem logo nos minutos iniciais, mas o jovem extremo
argentino Fede Cartabia decretou o 1-1 definitivo durante a segunda parte com
um belo golo. Somando cinco jornadas consecutivas sem vitória, o Deportivo
alcançou 39 pontos na classificação, uma quantia que deveria servir para que os
comandados de Víctor Sánchez del Amo sigam na elite do futebol espanhol. Com 42
unidades, os Armeros já garantiram
sua continuidade na primeira divisão nacional.
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Manu Fernández |
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