Wade Barrett
soma o terceiro empate consecutivo nos Dynamo, e ressuscita o lado anímico da
equipa; Red Bulls em forma avassaladora derrubam Sounders sem grandes
dificuldades; Sporting KC conquista os três pontos frente a FC Dallas,
contrariando série negativa de resultados.

New York City FC 3-2 Philadelphia Union (Frank Lampard 8’, David Villa 21’ e Andrea Pirlo 50’ | Roland Alberg 55’ pen e Frederic Brillant ag 88’)
Vancouver Whitecaps 1-2 New England
Revolution (Nicolás Mezquida 41’ | London Woodberry 31’ e Kelyn Rowe 55’)
Columbus Crew SC 0-0 Montreal Impact
Orlando City SC 2-2 San Jose
Earthquakes (Seb Hines 66’ e Julio Baptista 90’+1 | Chad Barrett 85’ e Shea
Salinas 90’+4)
Toronto FC 1-0 Los Angeles Galaxy
(Drew Moor 76’)
Colorado Rapids 2-1 Chicago Fire
(Kevin Doyle 57’ e Marco Pappa 89’ | Joey Calistri 81’)
Houston Dynamo 0-0 DC United
Real Salt Lake 2-2 Portland Timbers
(Juan Manuel Martínez 17’ e Yura Movsisyan 70’ pen | Fanendo Adi 29’ e Lucas Melano 44’)
Sporting Kansas City 2-0 FC Dallas (Lawrence Olum 43’ e Benny Feilhaber
45’+2 pen)
New York Red Bulls 2-0 Seattle Sounders FC (Mike Grella 18’ e 59’)
UPDATE
- Wade
Barrett irá assumir o comando dos Dynamo até ao final da temporada. O
ex-jogador de Houston e até há bem pouco tempo adjunto de Owen Coyle, terá a
difícil tarefa de recuperar uma equipa que bateu no fundo. No entanto, convém
lembrar que os jogos de Barrett na condição de interino deram sinais positivos.
- Nova lesão
para os Crew SC. Depois de Gastón Sauro, agora é Federico Higuaín que se
lesiona. A estimativa aponta para uma ausência forçada durante 5 semanas, fruto
de uma operação a uma hérnia. Emil Larsen, Cristian Martínez e Rodrigo Saravia
vão batalhar pelos minutos.
- Saída de
peso em Filadélfia. Vincent Nogueira deixou os Union devido a problemas de
saúde não divulgados. Uma das peças fundamentais no equilíbrio defensivo dos
líderes da Conferência Este, que já tinham siso vítimas na abertura da época da
lesão do outro trinco Maurice Edu. E agora? Brian Carroll e Warren Creavalle
serão suficientes para aguentar a liderança?
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Sete derrotas na primeira dúzia de encontros foi a gota de água para os responsáveis dos Dynamo. O ano inaugural de Owen Coyle já tinha sido francamente desapontante, e ao contrário do que se poderia esperar, nem os processos amadureceram entretanto, nem o plantel ficou mais forte com as mexidas do mercado. Surgiu então um homem da casa para assumir o lugar deixado vago. Wade Barrett actuou pelo emblema de Houston entre 2006 e 2009, e assumiu funções de técnico interino a partir de 2010. De repente, as coisas não parecem assim tão desoladoras. Sob o comando de Barrett, os Dynamo empataram em Vancouver e em Dallas, esmagaram um adversário de escalão inferior na Taça dos EUA, e acabam de registar um frustrante nulo diante dos DC United. O estatuto temporário do novo técnico passou meritoriamente a definitivo, e os sete pontos que separam o clube da linha dos Playoffs já não parecem tão distantes.
A igualdade
no marcador da partida que opôs os Dynamo aos DC United teve sabores distintos
para os diferentes treinadores. Ben Olsen terá ficado bem mais satisfeito,
tendo em conta as baixas ofensivas de Fabian Espindola, Álvaro Saborio e Miguel
Aguilar, e claro, olhando para o desgaste colectivo resultante da eliminatória
da taça disputada a meio da semana. Contudo, soluções têm de ser encontradas
rapidamente, pois o emblema da capital soma agora 304 minutos sem marcar em
jogos oficiais. Do outro lado, Wade Barrett viu a sua turma a jogar melhor do
que o adversário, sobretudo após o intervalo. Não fossem as duas belas
intervenções de Bill Hamid em tempo de compensação, e o seu primeiro triunfo na
MLS enquanto treinador estava garantido. Ainda não deu para perceber
exactamente quais são as ideias de Barrett, mas é óbvio que, desta vez, existe
um plano. O primeiro grande passo dessa estratégia tem sido a melhoria
significativa no processo defensivo, momento do jogo que Barrett conhece muito
bem.
O cenário
não se encontra tão esperançoso para os lados de Seattle. Quatro derrotas na
última mão-cheia de jogos afundaram o conjunto orientado por Sigi Schmid na
tabela classificativa. Frente aos Red Bulls, até tiveram mais bola, mas o
panorama ofensivo sem Clint Dempsey revela-se insuficiente na hora da definição
dos lances. A falta de soluções encostou inclusive Joevin Jones na
extrema-esquerda, uma experiência claramente falhada. Quem capitalizou foram os
Red Bulls, através do bis de Mike Grella. Eleito Jogador Revelação 2015 pelo
PD, o extremo norte-americano ameaça arrecadar o reconhecimento de Jogador
Confirmação no final da presente temporada. Os Red Bulls começam assim de forma
positiva uma série exigente de compromissos com períodos de descanso mínimo. A
moral está lá, e a qualidade também. Pese embora o péssimo arranque de época,
os homens de Jesse Marsch encontram-se actualmente há mais de 400 minutos sem
sofrer golos e consumaram a quinta vitória consecutiva em todas as competições,
escalando até ao quinto posto da classificação global da prova. Preparem-se,
pois estes Red Bulls continuam a exibir maturidade suficiente para lutar pelo
título no final do ano.
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Em Kansas
City, os anfitriões conseguiram derrotar FC Dallas, isto apesar de todos os
erros não forçados cometidos numa fase mais inicial da partida. O mais
controverso aconteceu à passagem do quarto-de-hora, quando um atraso mal
calculado de Lawrence Olum para Tim Melia obrigou o guarda-redes a retirar a bola
in extremis, já dentro da sua baliza.
O ângulo terá induzido o árbitro principal em erro, que deixou jogar, em vez de
validar aquele que seria o primeiro golo do encontro. Perto do intervalo, o
génio de Benny Feilhaber salvou a equipa, algo que não sucedia desde o seu
grande ano de 2015. No espaço de três minutos, o criativo norte-americano
assistiu Olum (que se redimiu com o golo), e converteu uma grande penalidade.
Os texanos fizeram mais pelos três pontos, mas acabaram tramados pela eficácia
adversária. Este triunfo pode muito bem simbolizar um momento de viragem para o
Sporting KC, que vinha de uma série de onze jogos com apenas uma vitória.
NOS
RESTANTES JOGOS
- David
Villa, Andrea Pirlo e Frank Lampard facturaram no triunfo caseiro do New York
City FC sobre os Union por 3-2, depois do desaire da Taça dos EUA.
- Os
Revolution conquistaram em Vancouver a sua primeira vitória da época na
condição de forasteiros.
- Jogo pobre
em Columbus ditou um nulo entre Crew SC e Impact.
- Com uma
assistência e um golo, o suplente utilizado dos Earthquakes Shea Salinas roubou
a vitória a Orlando City SC na Flórida. 2-2 foi o resultado final.
- Na recta
final do Toronto FC-LA Galaxy, um cabeceamento certeiro de Drew Moor ofereceu
os três pontos ao emblema canadiano.
- Marco
Pappa revela-se decisivo na vitória dos Rapids sobre os Fire por 2-1, e os
homens de Colorado seguem agora isoladamente na frente da competição, com três
pontos de vantagem sobre o segundo classificado.
- Pela
primeira vez em 2016, o Real Salt Lake não venceu em casa. No entanto, o 2-2
obtido frente aos Timbers permite prolongar a invencibilidade no seu terreno.
PD+
Mike Grella
e Benny Feilhaber. Dois jogadores que marcaram esta jornada pelo papel
determinante assumido nos triunfos das suas equipas. Grella deixou de ser
classificado como surpreendente, e é um forte candidato a integrar o melhor XI
da MLS no final do ano. Já Feilhaber, parece estar em vias de recuperar a forma
de 2015.
PD-
Sounders e Crew SC. As grandes desilusões colectivas do primeiro terço do campeonato. Os homens de Seattle, por exemplo, passam por sérias dificuldades no jogo ofensivo quando ficam privados de Dempsey. Na conferência oposta, os vice-campeões Crew SC estão numa fase de decomposição. Primeiro perderam Kei Kamara, e agora foram Federico Higuaín e Gastón Sauro a lesionar-se. A ausência de soluções alternativas acentua-se, e os resultados agravam-se.
GOLO DA JORNADA: Andrea Pirlo (New York City FC)
XI DA JORNADA
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CONFERÊNCIA OESTE
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