
Itália e Suécia, ambas selecções com sortes distintas na anterior jornada, defrontaram-se naquele que
talvez tenha sido o derradeiro encontro para a Blågult de Erik Hamrén face ao desapontante empate aos pés da
República da Irlanda. Do onze titular sueco, saíram Lustig – lesionado -,
Lewicki e Marcus Berg e entraram Johansson, Ekdal e Guidetti. Alterações bem
patentes do seleccionador sueco na forma de actuar da sua equipa ainda que a
ausência de Lustig seja um golpe demasiado duro pela profundidade que imprime na
sua estratégia táctica. Por um lado, a experiência de Ekdal transmite outra
segurança ao meio-campo, nos quatro momentos de jogo, e, por outro, a
energia/combatividade de John Guidetti – Berg não teve nos seus melhores dias
frente à Irlanda – complementa na perfeição o estatuto de target-man que abarca Zlatan Ibrahimovic. Já Antonio Conte, depois de um memorável
triunfo sobre a Bélgica, apenas procedeu a mudança Darmian-Florenzi, pelo que o
atleta da AS Roma oferece e bem outro tipo de argumentos à firme disposição
táctica italiana.
Sem motivos de surpresa, a primeira parte no Stadium Municipal decorreu sem lances de maior destaque. Extremo calculismo dos dois intervenientes com a Suécia, desta feita, a dominar a posse de bola – 60% - 40% – e a Itália, mais retraída, à procura de aplicar os seus clássicos contra-ataques venenosos. O flanco esquerdo sueco, por intermédio de Martin Olsson, esteve bastante activo e procurou, de forma incessante, a figura de Ibrahimovic na área adversária. Neste capítulo reside, precisamente, um dos grandes problemas da formação sueca. Zlatan insiste em pisar terrenos distantes da sua posição e encarar funções que não são suas. A Suécia acaba por perder uma maior influência na frente de ataque e, apesar do domínio da posse, demonstra um gigante problema em criar ocasiões de real perigo. Em contrapartida, a Squadra Azurra, cujo objectivo passava por atingir, sobretudo, um ponto precioso, esteve na sua praia. Irrepreensível defensivamente e venenosa ofensivamente, como é seu apanágio. Verdade seja dita, nem os quatro elementos mais adiantados – Antonio Candreva em especial destaque – conseguiram elaborar jogadas de maior relevância.
Sem motivos de surpresa, a primeira parte no Stadium Municipal decorreu sem lances de maior destaque. Extremo calculismo dos dois intervenientes com a Suécia, desta feita, a dominar a posse de bola – 60% - 40% – e a Itália, mais retraída, à procura de aplicar os seus clássicos contra-ataques venenosos. O flanco esquerdo sueco, por intermédio de Martin Olsson, esteve bastante activo e procurou, de forma incessante, a figura de Ibrahimovic na área adversária. Neste capítulo reside, precisamente, um dos grandes problemas da formação sueca. Zlatan insiste em pisar terrenos distantes da sua posição e encarar funções que não são suas. A Suécia acaba por perder uma maior influência na frente de ataque e, apesar do domínio da posse, demonstra um gigante problema em criar ocasiões de real perigo. Em contrapartida, a Squadra Azurra, cujo objectivo passava por atingir, sobretudo, um ponto precioso, esteve na sua praia. Irrepreensível defensivamente e venenosa ofensivamente, como é seu apanágio. Verdade seja dita, nem os quatro elementos mais adiantados – Antonio Candreva em especial destaque – conseguiram elaborar jogadas de maior relevância.
A segunda parte adquiriu o mesmo sabor da primeira mas com uma ligeira alteração. A Itália entrou mais forte e pressionante e aos 48’ criou o seu primeiro lance de maior relevância. Bela combinação entre Parolo e Éder, assistência para Pellè e o avançado do Southampton, através de um forte remate, atirou por cima da baliza de Isaksson. O tempo avançava e a Suécia, impotente, não conseguia efectuar a ligação de sectores, aspecto que se traduzia numa enorme tranquilidade no seio italiano. Aos 71’, na única (!) jogada bem desenhada pelos nórdicos, Ibrahimovic, após receber um óptimo cruzamento de Martin Olsson, sem oposição, desperdiçou inacreditavelmente uma rara chance em todo o encontro. Foi assinalado, contudo, fora-de-jogo ao irreverente avançado ex-PSG. Com a substituição de Pellè por Simone Zaza, os comandados de Conte subiram os níveis de produção e aos 71 minutos, Parolo, de cabeça, atingiu a barra contrária para alívio do seu adversário. Éder, que passou despercebido quase na totalidade dos 90 minutos, vestiu a pele de herói ao garantir os três pontos para o seu conjunto. Bola longa, toque de cabeça de Simone Zaza e o avançado do Inter de Milão, com uma formidável solo run não vacilou no momento da finalização. A Itália está viva e recomenda-se. A ida para os oitavos de final está bem assegurada. Infelizmente, a selecção sueca também fez história neste Europeu dado que se apresenta como a única equipa que até ao momento não registou qualquer remate às balizas contrárias.
A EFICAZ E POUCO BELA FÓRMULA ITALIANA
É bem visível o que Antonio Conte
pretende dos seus pupilos. A Itália apresenta-se com uma invejável coesão
defensiva – o trio da Juventus Barzagli-Bonucci-Chiellini é simplesmente inquebrável
– e procura explorar, sempre com elevada rapidez, a transição ofensiva seja em
profundidade ou bola no pé. Este encontro não foi excepção. A Squadra Azurra não viu a sua tarefa ser
dificultada em nenhuma instância, é certo, mas não concedeu os mínimos espasmos
de criatividade ao seu oponente. Candreva e Giaccherini, longe de terem anotado
performances brilhantes, cumpriram
com tudo que lhes foi exigido tacticamente. Parolo – retirando o seu
cabeceamento perigoso na segunda parte – e De Rossi não surgiram assim como Pellè e
Éder, este último autor do lance decisivo ao cair do pano.
A Suécia viveu um pouco à sombra
do sucedido na jornada anterior. Posse de bola assegurada de forma
inconsequente e uma falta gigante de criatividade no último terço. Como referido anteriormente, a insistência de
Zlatan em assumir funções que na realidade não são as suas prejudica e retira a
fluidez ao futebol pretendido por Erik Hamrén. Os destaques individuais vão
apenas guiados para Martin Olsson, lateral esquerdo veloz e muito interventivo
no ataque e para Albin Ekdal, nos primeiros 45 minutos. Victor Lindelöf, foi
minimamente competente do lado direito e deixou apontamentos interessantes para
o embate contra a Bélgica.
HOMEM DO JOGO: Chiellini (Itália)
HOMEM DO JOGO: Chiellini (Itália)
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