Depois da desilusão de 2015, a esperança de voltar a repetir 2014: a Mannschaft a jogar em casa assume-se como candidata ao ceptro final. Por entre alguma experiência de Bundesliga nalguns jogadores - Ochs, Heinrichs e Serdar - e a irreverência típica da juventude alemã que se quer afirmar, os argumentos são muitos. A jogar em casa, conseguirá a Alemanha o seu sétimo título no escalão?
Guarda-Redes: Florian Müller (Mainz 05), Dominik Reimann (Borussia Dortmund).
Defesas: Lukas Boeder (Bayer Leverkusen), Gino Fechner (RB Leipzig), Benedikt Gimber (SV Sandhausen), Jannes-Kilian Horn (Wolfsburgo), Maximilian Mittelstädt (Hertha), Phil Neumann (Schalke 04), Gökhan Gül (VfL Bochum).
Médios: Max Besuchkow (Estugarda), Amara Conde (Wolfsburgo), Benjamin Henrichs (Bayer Leverkusen), Marvin Mehlem (Karlsruher SC), Fabian Reese (Schalke 04), Suat Serdar (Mainz 05).
Avançados: Philipp Ochs (TSG 1899 Hoffenheim), Janni-Luca Serra (Borussia Dortmund), Cedric Teuchert (Nuremberga).
Treinador: Guido Streichsbier
CALENDÁRIO
Alemanha Vs. Itália | 11 de Julho às 13h | VfB Arena | Estugarda
Alemanha Vs. Portugal | 14 de Julho às 18h30 | Mechatronik Arena | Aspach
Alemanha Vs. Áustria | 17 de Julho às 18h30 | Stadion an der Kreuzeiche | Reutligen
HISTORIAL
Como nação independente, já por três vezes o ceptro pertenceu à Alemanha. A última das conquistas foi, inclusivamente, numa final frente a Portugal em 2014, que os germânicos conquistaram com um golo isolado de Davie Selke, no Europeu da Hungria. Antes disso, já em 1981 e em 2008 (geração dos irmãos Bender, por exemplo, ambos eleitos para o prémio de melhor jogador do torneio numa decisão única na história do torneio) o título tinha ido parar aos alemães. E se a estes três juntarmos os conquistados como Alemanha Oriental (1965, 1970 e 1986), numa altura em que o país estava dividido pelo Muro, a Alemanha torna-se assim numa das maiores potências da categoria. Com seis títulos, fica, empatada com a Rússia, apenas atrás das três maiores nações vencedores da competição: Espanha (10), Inglaterra (9) e França. Será o sexto Europeu que a Alemanha organizará em casa - contando com as presenças na Alemanha Oriental -, sendo que dessas edições, venceu duas delas em 1965 e 1981. A título de curiosidade, numa das edições que organizou em 1969, a Alemanha Oriental foi derrotada pelo Bulgária por moeda ao ar. Sim, na altura usava-se. A ironia? No ano a seguir, a Alemanha conquistaria o seu segundo título numa final contra a Holanda vencendo num desempate por... moeda ao ar. O desejo de todos, é repetir a prestação em 2014 na Hungria, depois da desilusão de 2015.
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Uefa.com |
A CAMINHADA
Como anfitrião, a Alemanha tem o seu lugar garantido sem precisar de fases de qualificação. Assim, os germânicos apenas disputaram jogos amigáveis, o que até pode ter um efeito prejudicial pela falta de competitividade deste grupo em jogos mais a sério, mas fica o destaque de uma vitória por 1-0 frente à Coreia do Sul pelo caminho.
XI PROVÁVEL
ANÁLISE TÁCTICA
Não é fácil tentar adivinhar como Streichsbier irá alinhar, mas a Alemanha montará, em princípio, um 4-2-3-1. Assente nos atuais princípios de jogo alemães e transversais a todas as camadas, sempre fortíssimos com bola, a saber ocupar os espaços, dominando o jogo mas também letais na transição, este conjunto germânico promete ser um dos candidatos à vitória final. Na baliza, está uma das maiores dúvidas. Entre Muller e Reimann, talvez o segundo, guardião das camadas jovens do BVB tenha vantagem. Ambos os guarda-redes disputaram três partidas pelos sub19, e ambos alinharam no amigável que terminou com uma vitória por 1-0 frente à Coreia do Sul. Em termos de minutos, não poderia estar mais empatado. Tendo em conta que Streichsbier vem de treinar os sub18 e Reimann foi o escolhido na altura, acreditamos que a escolha passe por ele. No centro da defesa estarão Lukas Boeder e Benedikt Gimber. Os centrais do Leverkusen e do Hoffenheim têm feito parelha - e cumprido com distinção - ao longo das camadas jovens, e não parece que tal vá mudar agora. Nas laterais, as maiores dúvidas. Streichsbier convocou dois defesas esquerdos (Mittelstadt e Horn), mas o segundo parece levar alguma vantagem na luta pela titularidade, com a polivalência de Mittelstadt a ser útil a partir do banco. E falando em polivalência, chegamos a Fechner, que também é aí que tem uma das suas grandes armas, que ocupará a lateral direita da equipa.
No duplo-pivô germânico, Henrichs e Serdar são indiscutíveis. É aqui que está o coração da equipa, a maior experiência - ambos contam com minutos de Bundesliga, por Leverkusen e Mainz, respectivamente. Complementam-se perfeitamente, com Serdar a ocupar uma posição mais fixa dando maior liberdade quer a Henrichs quer a Mehlem, que será o criativo da equipa e o responsável pela criação ofensiva. Um autêntico criativo, já com minutos pela equipa principal do Karlsruhe, fortalecendo ainda mais o miolo germânico com experiência de níveis mais elevados. Na ala esquerda, a estrela. O maior nome da equipa: Philipp Ochs. Lançado por Nagelsmann desde que assumiu a equipa sénior do Hoffenheim - já vinha sendo um dos habitués do treinador nas camadas jovens do clube -, jogando um pouco fora de posição (sendo extremo, fazia a ala esquerda toda dum 3-5-2), mas cumprindo sempre com a qualidade que se lhe reconhece. A jogar no escalão abaixo e na sua posição natural, tem tudo para ser uma das maiores figuras do torneio. No lado direito, o escolhido deverá ser Besuchkow, do Estugarda, tendo ainda a concorrência do polivalente Fabian Reese, campeão de juvenis pelo Schalke que rende mais por trás do avançado do que numa linha. Finalmente na frente, outra das grandes dúvidas. Janni-Luca Serra ou Cedric Teuchert. O primeiro é um gigante de 1.93, mais posicional, de área, e que até tem a curiosidade de já ter atuado como defesa central. Teuchert, do Nuremberga, já se estreou na 2ª Liga pela sua equipa, já marcou, e parece levar alguma vantagem. É mais móvel que o avançado do BVB e talvez se encaixe melhor na ideia de jogo alemã - mais de posse - do que Serra, que poderá ser uma boa alternativa em caso de mudança de estratégia por necessidade, para o chamado chuveirinho.
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